De São Paulo
O confinamento de gado bovino recuou em 2009 e deve voltar a cair este ano, de acordo com levantamento da consultoria Agripoint feito com os 50 maiores confinamentos do Brasil. A Pesquisa Top 50 BeefPoint de Confinamentos mostra que em 2009 esses estabelecimentos engordaram 1.322.764 animais, 17,3% menos do que haviam confinado no ano anterior - 1.599.465 bovinos.
De acordo com a pesquisa, em 2010 a retração deve ser de 4,3%, e o número de animais confinados nos 50 estabelecimentos deve alcançar 1.267.250 bovinos. Considerando apenas os confinamentos que participaram das duas pesquisas, a retração é de 15%, para 1.154.103 animais. A previsão desses confinamentos é reduzir em 5% o número de animais confinados este ano em relação a 2009.
A maior parte dos confinamentos está localizada em São Paulo (28%). Atrás, vem Goiás com 24%, depois Mato Grosso (22%) e Mato Grosso do Sul (14%). Do total de animais, 39% estão em Goiás, 28% em São Paulo e 18% em Mato Grosso.
A pesquisa mostrou que dos 50 estabelecimentos 48% pretende ampliar o número de animais sob engorda intensiva este ano em relação ao que foi confinado em 2009. Uma fatia de 40% prevê diminuir o número de bois confinados e 12% devem manter a quantidade de bois sob esse sistema de engorda.
Entre as razões para manter ou ampliar o número de animais confinados estão, segundo a pesquisa: redução no preço de grãos, terminação de animais próprios, aumento de investimento nesse setor, expectativa de mercado positivo. Os que pretendem reduzir o confinamento ou deixar de confinar apontam como principais razões o alto custo de animais para reposição e expectativas negativas quanto ao preço do boi gordo em relação ao boi magro. Os confinadores alegam, segundo a pesquisa, que "está difícil achar boi".
O levantamento mostrou ainda que aumentou o número de estabelecimentos que fazem parte da lista Traces, por conta do maior interesse dos frigoríficos para exportar à União Europeia e do ágio no preço. Em 2008, 34% dos 50 maiores confinamentos estavam habilitados; no ano passado, eram 76%.(Alda do Amaral Rocha)
FONTE: Valor Econômico
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