Entre janeiro e junho deste ano, as exportações brasileiras de carne bovina somaram US$ 2,352 bilhões, 23% mais do que o vendido no mesmo intervalo de 2009, de acordo com a Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carne (Abiec). Em volume, o aumento foi bem menor na mesma comparação, de 2%, para 971,9 mil toneladas (equivalente-carcaça).
Só em junho, as exportações alcançaram US$ 455 milhões, alta de 19% sobre igual mês de 2009. Já o volume caiu, 2%, para para 177 mil toneladas (equivalente-carcaça), principalmente por conta da suspensão das exportações de carne industrializada para os EUA.
Otávio Cançado, diretor-executivo da Abiec, disse que os resultados mostram que há uma recuperação dos preços da carne bovina no mercado internacional. O preço médio do produto in natura, por exemplo, subiu para US$ 3.986 por tonelada em junho, 24% mais do que em igual mês de 2009.
Diante dos resultados até junho, Cançado considera ser possível atingir novamente os níveis de 2007, quando o Brasil exportou US$ 5 bilhões em carne bovina in natura e derivados. "Entre julho e dezembro, a exportação costuma crescer", comentou.
O mercado da União Europeia, para onde o Brasil exportou US$ 148,7 milhões em carne in natura de janeiro a junho deste ano, continua a preocupar os exportadores. Muito mais do que as restrições impostas às exportações brasileiras, o problema é a "grave crise econômica" no bloco, disse Cançado.
A Rússia segue como o maior importador de carne bovina in natura do Brasil. De janeiro a junho, o país importou 203 mil toneladas (equivalente-carcaça) ou US$ 455,2 milhões. O Irã vem atrás, com 139, 6 mil toneladas ou US$ 367,818 milhões.
FONTE : Valor Econômico
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