O mercado da União Europeia (UE) começou a se recuperar lentamente e há interesse na importação de certos cortes. Os últimos negócios de referência para o sistema de cortes bovinos que formam a cota Hilton estão em torno de US$ 12.300 por tonelada FOB, segundo confirmou o broker uruguaio, Alejandro Berruti.
Apesar da leve recuperação dos preços, os frigoríficos uruguaios se negam a ofertar, não somente porque dizem que os números não fecham, mas também, porque não têm matéria-prima necessária para poder cumprir com os negócios.
A UE é o segundo mercado em importância para a carne bovina uruguaia. Segundo dados estatísticos do Instituto Nacional de Carnes do Uruguai (INAC), até 14 de agosto, foram exportadas a esse mercado 49.444 toneladas de carne bovina, quando no mesmo período do ano anterior, o volume exportado foi de 63.586 toneladas (queda de 22,24%).
Com os sinais de recuperação que estão surgindo no mercado, o frigorífico Breeders & Packer Meat Uruguay (BPU) está tentando retomar seus negócios de cortes com as marcas Angus e Hereford. "Os negócios seguem muito quietos, mas o mercado está querendo se recuperar nas últimas duas semanas", disse o presidente da companhia, Roberto Palma.
A empresa vinha colocando cortes Angus e Hereford em importantes cadeias de supermercados da Itália e do Reino Unido. Para esse grupo de carnes, a Itália segue sendo o mercado prioritário, disse Palma.
No entanto, o Reino Unido ainda não voltou a comprar volumes significativos após a crise econômica que sacudiu o continente europeu e ainda se notam nesse mercado algumas sequelas do problema. Para Palma, os negócios serão retomados lentamente para chegar aos níveis que tinham no começo do ano, onde a colocação de contêineres de carne uruguaia com marca era muito fluida.
FONTE: El País Digital, traduzida e adaptada pela Equipe BeefPoint.
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