Reprodução permitida desde que citada a fonte
O Brasil ganhou espaço nas exportações de bovinos vivos em 2010. A receita cresceu 48% e somou US$ 658 milhões no ano passado, de acordo com a Secex (Secretaria de Comércio Exterior).
O resultado foi beneficiado por uma alta de 18% no preço médio de venda que atingiu US$ 2.031 por tonelada. Em volume, os embarques cresceram 24%, para 642,7 mil cabeças.
A expansão é bem superior à média mundial. Segundo o Usda (Departamento de Agricultura dos EUA), foram exportados 4,5 milhões de cabeças por todos os produtores em 2010, alta de 3%.
Entre os três maiores exportadores mundiais o Brasil ocupa a quarta posição, dois reduziram os embarques: Canadá (queda de 35%) e Austrália (-4%). O México apresentou alta de 7%.
Assim, a participação do Brasil no comércio mundial subiu de 11%, em 2009, para 14%. Os embarques foram estimulados pela Venezuela, que recebeu 93% dos animais exportados pelo Brasil.
O rebanho da Venezuela tem encolhido e é insuficiente para atender à demanda dos frigoríficos, afirma a analista Maria Gabriela Tonini, da Scot Consultoria.
O curioso é que as exportações mantiveram a trajetória de alta dos últimos anos mesmo com a restrição na oferta de bois para abate no país, o que contribuiu para elevar os preços internamente.
Segundo Gabriela, a elevada margem de lucro que a atividade proporciona manteve o interesse dos frigoríficos nas exportações de boi vivo.
Além disso, esse ainda é um mercado pequeno e, por isso, não atrapalharia a relação entre oferta e demanda. As exportações de gado vivo equivalem a 4% do abate no Brasil, segundo a analista.
Fonte: Folha de São Paulo
Nenhum comentário:
Postar um comentário