Oferta restrita manteve preços aquecidos na semana
Marcela Caetano
A baixa oferta de animais para abate manteve os preços do boi gordo sustentados na maioria das regiões acompanhadas pelo Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (CEPEA). Entre 13 e 20 de julho, o indicador do boi gordo ESALQ/BM&FBovespa subiu 1,1% e atingiu R$ 100,26 na quarta-feira, 20. O valor é à vista e sem descontar o Funrural. No acumulado de julho, a alta é de 4%.
Em São Paulo, foram reportados negócios a R$ 100,00 livres de Funrural. Conforme análise do Cepea, estas aquisições ocorrem em casos em que os frigoríficos têm urgência para preencher a escala, ou os animais estão muito próximos da planta. O valor também está sendo pago por lotes de melhor qualidade.
Em Mato Grosso do Sul, a referência é de R$ 93/@, a prazo, sem imposto, mas há relatos de compras pelo mesmo valor à vista, informa a Scot Consultoria. “Nesta semana a oferta foi reduzida e as escalas estavam entre dois ou três dias, com grande capacidade ociosa. Por isso, não há nada no horizonte que indique queda de preços”, avalia Alcides Torres, diretor-presidente da Scot Consultoria.
Preços devem continuar em alta no semestre
Torres afirma que o efeito da entrada de animais que estava causando a queda dos preços acabou e que as perspectivas são boas para o semestre. “Na pior das hipóteses os preços ficarão firmes”, diz. Nos últimos 14 anos, os preços aumentaram, em média, 9,4% no segundo semestre em relação ao primeiro. Se esta média se confirmar neste ano, a arroba do boi gordo deve atingir os R$ 110,00/@. Se a média for a mesma do ano passado, com alta de 20%, os preços poderão ultrapassar os R$ 115,00/@. “Cenário para chegar aos R$ 110,00/@ tem”, avalia, ao considerar a oferta restrita como principal fator altista.
Fonte: Portal DBO com informações do Cepea
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