No prazo de quatro anos todas as mais de 14 milhões de cabeças bovinas do Rio Grande do Sul deverão estar integradas ao Programa de Rastreabilidade. Em dez anos, o Estado aumentará em 50% a produção de carnes e no período de seis anos terá que dobrar o atual volume de exportação.
Estes as principais metas do Programa Carne Gaúcha, definidas no Seminário de Alinhamento Estratégico da Cadeia da Carne Bovina, realizados nos dois últimos dias no Hotel Araçá, no município de Capão da Canoa. O programa, que vinha sendo chamado de “a melhor carne do mundo”, vai atuar, ainda, na melhoria das condições sanitárias do rebanho do Rio Grande do Sul.
Atualmente, das pouco mais de 14 milhões de cabeças que o Estado possui registradas, apenas cerca de 150 mil, criadas em 140 propriedades, são rastreadas. No Estado existem 370 mil produtores que, no ano passado, abateram 1.950.000 cabeças. Destas, 97% foram consumidas pelos gaúchos e apenas 3% foram exportadas.
A estimativa do secretário da Agricultura, Luiz Fernando Mainardi, é de que sejam investimentos de aproximadamente 100 milhões de reais em apenas duas vertentes do programa. “Na sanidade animal, com a adesão ao Suasa, investiremos 31 milhões de reais, sendo 25 milhões do Governo Federal e seis do Governo do estado, na melhoria de nossas estruturas de vigilância. E para implantarmos o programa de rastreabilidade serão necessários aproximadamente 60 milhões de reais”, explicou o secretário.
O custo médio do brinco é de R$ 4,00, que poderá ser financiado pelo Estado ou pela iniciativa privada ou, ainda, numa ação conjunta entre Estado e produtores. “Vamos, agora, definir o modelo”, antecipou Mainardi. Estas medidas são essenciais para a carne produzida no Estado sejam certificadas, condição primordial para que agreguem valor, e obtenham o selo “Carne Gaúcha”.
Missões representativas da Câmara Setorial da Carne Bovina devem viajar ao Uruguai, que concluiu, no início deste mês, o programa de rastreabilidade, iniciado a quatro anos. O País possui um número semelhante de gado bovino ao gaúcho. E, também, à Austrália, País pioneiro neste programa.
Também será reativada a Central Riograndense de Inseminação Artificial (Cria) para um programa de disseminação de genética, bem como desenvolvidas ações para melhorar a alimentação dos rebanhos. Aliado a isso, o Estado vai ampliar a experiência piloto de combate à tuberculose e à brucelose desenvolvida no Alto Taquari.
Assessoria de Comunicação Social
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