sexta-feira, 16 de março de 2012

USDA: fazendas de cria com até 500 vacas representam 83% das propriedades no país


As estimativas anuais do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) sobre o número de propriedades de vacas de corte em 2011 no país diminuíram menos do que o esperado. Eram esperadas reduções maiores devido à seca nos estados do sudoeste dos Estados Unidos no ano passado.
Existiam 734.000 fazendas de vacas de corte nos Estados Unidos em 2011, 8.000 a menos que em 2010. O número de 2011 é em torno de 160.000 menor do que em 1993. A produção extensiva e os poucos outros usos possíveis das pastagens são importantes razões para o maior número de operações de produção de carne.
O gráfico mostra o número de propriedades de vacas de corte dos Estados Unidos por tamanho. Quando se fala do número de operações, os pequenos rebanhos ainda dominam o setor de gado de corte dos Estados Unidos.
Ainda existiam 583.000 rebanhos com 1 a 49 vacas no ano passado. Isso é 5.000 a menos que em 2010, mas está geralmente na mesma tendência desde 2004. O aumento nos números dos pequenos rebanhos em 2007 foi principalmente devido à mudanças nos procedimentos de estimativa do USDA.
Note que o aumento na categoria menor de rebanhos foi bastante compensado por uma redução nas duas próximas menores categorias de operações (50-99 cabeças e 100-499 cabeças). Ambas as categorias também perderam números em 2011, com o número de operações tendo 50-99 cabeças declinando em 1.000, para 81.000 e aquelas tendo 100-499 cabeças caindo em 2.100, para 64.200.
Como pode ser visto, as grandes fazendas de vacas de corte ainda são raras. No país inteiro, existem somente 50 operações com 5.000 vacas ou mais e somente 280 com 2.000-4.999 vacas. Um número estimado de 5.470 fazendas tinha entre 500 e 1999 vacas de corte no ano passado. Os números para todas essas categorias de tamanhos têm sido muito estáveis desde 1998, quando foi feita a primeira estimativa pelo USDA.
Considere que as operações com menos de 500 vacas representaram 83% de todas as vacas do rebanho em 2011. Isso se compara à participação total de 86% em 1993, indicando uma quantidade substancial de capacidade de persistência desses pequenos rebanhos. As três menores categorias representaram 99% de todas as operações. Os menores rebanhos (1-49 cabeças) representaram 79,4% de todas as operações e mantiveram 28% das vacas.
É notável, entretanto, que dentro dessas três categorias de menor tamanho, é a categoria de 100-499 vacas que cresceu mais ao longo dos anos (+4% desde 1993), enquanto os dois grupos menores tiveram redução de 7%. Dessa forma, o grupo de 100-499 vacas seria caracterizado como o menor das operações profissionais de cria, uma vez que é buscado como negócio de tempo integral. As fazendas menores são buscadas para negócios de meio período ou hobby. Existem poucas famílias que podem viver da atividade com 100 vacas de corte na economia de hoje.
O outro lado disso é que a atividade de cria de tempo integral (onde se inclui a categoria de 100-499 cabeças) agora mantêm 54% de todas as vacas de corte do país. Isso é um aumento de 5% desde 1993. Isso também significa que somente metade do rebanho nacional está em mãos que dependem dessas vacas para viver. Isso deixa uma porção substancial da cadeia de fornecimento de carne bovina que pode não responder de forma previsível ou rapidamente aos sinais da economia. Embora menores que no passado, esse setor de “resposta lenta” ainda é grande o suficiente para complicar os ajustes no setor de carne bovina.
A reportagem é da Drovers, traduzida e adaptada pela Equipe BeefPoint.

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