segunda-feira, 2 de julho de 2012

Controle sanitário é fundamental no confinamento




Controle sanitário é fundamental no confinamento

A produção de carne bovina a partir dos confinamentos tem crescido significativamente no Brasil, a expectativa é que este ano se atinja uma marca em torno de 4,5 milhões de bovinos engordados e terminados. Segundo balanço apresentado pela Associação dos Criadores de Mato Grosso (Acrimat) o Estado está em uma posição privilegiada em termos de crescimento de animais confinados. Já que em 2011 houve um aumento de 29% com relação a 2010, com o crescimento do rebanho confinado nos últimos 6 anos de 548%. Segundo este balanço, o número de animais criados sob engorda intensiva saiu de 117.879 cabeças em 2005 para 763.947 bovinos em 2011, os dados são do Instituto Matogrossense de Economia Agropecuária (Imea).

Desta forma os cuidados relativos ao controle sanitário e bem estar dos rebanhos são premissas de grande importância para os pecuaristas. O ritmo intensivo da operação confere ao confinamento um caráter de produção em escala industrial, onde nutrição e sanidade são fundamentais na garantia do sucesso do negócio. De acordo com o médico veterinário Marcos Malacco, a alimentação corresponde ao segundo item de maior importância nos custos do confinamento, só perdendo para os valores pagos na aquisição dos animais. Com relação às principais verminoses, em geral, os bovinos terminados sob confinamento são afetados por doenças subclínicas, que podem afetar a conversão alimentar, daí a necessidade de cuidados com a prevenção.

Na região Oeste de Mato Grosso e, principalmente, na Médio-Norte, grandes produtoras de grãos, houve uma maior participação de machos confinados de 91,0% e 94,2%, respectivamente. Na avaliação do superintendente da Acrimat, Luciano Vacari, muitas vezes, em função da falta de pasto o pecuarista tem que buscar alternativas para engordar o gado, encontrando saídas no confinamento, suplementação alimentar e no semiconfinamento, considerado por ele uma das grandes alternativas de ganho para os pecuaristas. A Acrimat observa ainda que o confinamento avançou em 2011, apesar de a variação do preço da arroba do boi gordo, entre julho e novembro, ter sido de 7,2%, bem inferior à valorização de 37,2% registrada em igual período de 2010.

Estava previsto pelos especialistas que este ano os animais começariam a ser confinados no final do mês de abril em Mato Grosso, contudo o grande volume de chuvas retardou um pouco estas expectativas. O pecuarista Guilherme Nolasco, que tem propriedade em Chapada dos Guimarães, disse que normalmente nessa época do ano já havia confinado boa parte do seu rebanho. “O que se vê este ano é algo diferente, pois terminamos o mês de junho e ainda temos bons pastos em praticamente todas as regiões do Estado, ainda não vejo a necessidade de prender o meu gado”.

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