As taxas de juros das linhas de crédito para aquisição de matrizes e reprodutores bovinos e bubalinos do Plano Agrícola e Pecuário 2012/2013 foram reduzidas de 6,75% para 5,5%. O valor da contratação por criador, contudo, foi mantido em R$ 750 mil. O limite de custeio foi ampliado de R$ 650 mil para R$ 800 mil por produtor.
“A pecuária finalmente foi atendida. As medidas anunciadas pelo governo federal devem ajudar o produtor a investir no rebanho”, afirmou Antenor Nogueira, presidente da Comissão de Pecuária de Corte da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA). Na segunda-feira, 25, durante reunião da Câmara Setorial da Cadeia Produtiva da Carne Bovina, Nogueira reforçou a necessidade de uma linha de crédito para aquisição de animais que permitisse o aumento da lotação em áreas de pastagens recuperadas.
O aumento de recursos para custear a produção pecuária permitirá, entre outras coisas, o aumento da aquisição de suplementação para o gado. Além disso, o incremento de quase 8% no montante destinado aoPrograma Agricultura de Baixo Carbono (ABC), incluídos no PAP, estimula a recuperação do pasto degradado. “Com esses recursos podemos investir no confinamento do gado e contribuir para a mitigação dos gases de CO2”, explicou Nogueira.
No ciclo 2012/2013, os recursos destinados ao Programa ABC atingiram R$ 3,4 bilhões. Além do acréscimo no volume de recursos, o produtor gastará menos na contratação do financiamento, por conta da redução na taxa de juros, de 5,5% para 5% ao ano.
As linhas de crédito irão financiar a recuperação de áreas e de pastagens degradadas, implantação e ampliação de sistemas de integração lavoura-pecuária-floresta, correção e adubação de solos, plantio e manutenção de florestas comerciais, adoção da agricultura orgânica, agricultura de precisão, recomposição de áreas de preservação permanente ou de reserva legal.
“O aumento dos recursos para a recuperação dos pastos ou para a Integração -Lavoura-Pecuária-Floresta aumenta a disponibilidade de alimento para o gado, o que acelera o processo de engorda e reduz a idade de abate dos animais”, explica Elvison Nunes Ramos, coordenador de manejo sustentável da Secretaria de Desenvolvimento Agrário e Cooperativismo do Ministério da Agricultura (Mapa).
“A liberação de recursos é positiva, mas o governo precisa capacitar agentes para atender o produtor rural”, avalia Luciano Vacari, superintendente da Associação dos Criadores de Mato Grosso (Acrimat).
Vacari, que participou do evento, lembrou que, apesar do aumento do montante de recursos, questões como a operacionalização dos recursos, estruturação das agências, treinamento dos funcionários e assistência técnica precisam vir juntos. Uma das reivindicações da Acrimat é que os recursos federais possam ser operacionalizados por outras instituições financeiras.
Preço mínimo do boi gordo
Uma demanda do setor que não atendida foi a criação de um preço mínimo para o boi gordo. De acordo com Rui Prado, presidente da Federação da Agricultura e pecuária de Mato Grosso (Famato), a demanda visa aumentar a segurança do pecuarista nas negociações. “A Famato entende ser interessante a criação de uma política para proteção da pecuária de corte no momento da comercialização. E um dos mecanismos para isso seria a garantia do preço mínimo da arroba do boi gordo”, diz Prado.
Apesar de não ter sido incluída no PAP 2012/2013, Prado garante que a Famato continuará insistindo na ideia
FONTE: RURAL CENTRO
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