terça-feira, 1 de junho de 2010
Carnes: preços disparam no balcão
Cortes chamados "de segunda" registraram alta significativa no acumulado dos cinco meses
Consumidores estão pagando até 43% a mais pela carne de segunda nos supermercados e açougues de Cuiabá e Várzea Grande. O percentual se refere ao comparativo entre janeiro e maio. Costela e músculo tiveram alta significativa no período. Já na comparação de maio deste ano sobre igual período de 2009, esses tipos de cortes estão até 16% mais baratos enquanto que os nobres tiveram majoração. Os dados fazem parte de levantamento mensal da Associação dos Produtores Rurais de Mato Grosso (APR) e mostram o sobe e desce dos preços.
Em maio, o quilo da costela foi comercializado por uma média de R$ 6,24, 43,77% a mais do que em janeiro, quando custava R$ 4,34 o quilo. O músculo saiu de R$ 6,49 em janeiro para R$ 7,74 em maio. Na mão oposta, carnes como filé mignon e picanha estão custando menos ao consumidor. A picanha, que em janeiro saía por R$ 24,44/quilo, em maio chegou aos pontos de venda por R$ 21,94, 10,22% a menos. O filé ficou 11,62% mais em conta, de R$ 21,94 para R$ 19,49.
O fenômeno pode ser associado ao maior acesso das população à carne e aumento do consumo industrial da carne de segunda. O diretor de rede de supermercados Modelo, Altevir Magalhães, explica que os frigoríficos estão tendo uma maior demanda por parte das indústrias de alimentos, que usam a carne de segunda para fazer outros produtos, como hambúrguer. "Duas coisas caracterizam isso, o aumento da demanda das indústrias e aumento do salário mínimo e das condições financeiras da população de baixa renda, que estão consumindo mais".
Segundo ser Magalhães, o mercado da carne varia de acordo com a escala de abate dos frigoríficos e demanda. "Final do ano, por exemplo, a carne primeira teve aumento de preço porque a procura é maior. Agora, com a carne segunda tendo mais saída e os preços elevados, cresce a participação do frango nas vendas. É um ciclo, o mercado é que controla os preços."
A carne de primeira, com maior oferta dentro dos supermercados, estão protagonizando as ofertas. Magalhães exemplifica citando que na lojas da rede, semana após semana são feitas promoções de carnes nobres. O coxão mole e o coxão duro, por exemplo, que possuem preço intermediários, apresentaram oscilações menores do que as carnes mais caras. O coxão mole reajustou o preço em 2,06% entre janeiro e maio, que de R$ 12,09 passou a ser comercializado por R$ 12,39/quilo.
O coxão duro teve um incremento um pouco maior, de 4,59% e de R$ 10,93 foi para R$ 11,43 em 5 meses. O preço da arroba do boi, no entanto, não acompanha o mesmo desempenho, apesar da valorização em relação a 2009. Luciano Vacari, superintendente da Associação de Criadores de Mato Grosso (Acrimat), afirma que o mercado varejista não acompanha os preços do campo e que as variações na arroba não são proporcionais aos do preço da carne nos supermercados e açougues.
FONTE: GAZETA DIGITAL
Postado por
Eduardo Lund / Lund Negócios
às
20:37
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