sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011

Carnes: Falta de chuvas causa baixa oferta de gado para abate no RS

As chuvas seguem insuficientes na Região da Campanha e parte da Zona Sul do Rio Grande do Sul. O quadro segue crítico e preocupante, mesmo com as últimas chuvas ocorridas nos municípios assolados pela estiagem.
As pastagens apresentaram uma pequena recuperação, mas que foi insuficiente para a retomada do bom desempenho do rebanho.
Diante deste quadro, continua baixa a oferta de animais para abate nos abatedouros da região. Em melhor situação estão os animais pastoreados nas áreas cultivadas com sorgo forrageiro, cultura mais adaptada às restrições de umidade. O fornecimento de água aos animais continua precário,
principalmente nos municípios mais atingidos.
Diante desse quadro, os pecuaristas já contabilizam uma redução no número de nascimentos para próxima primavera devido à visível diminuição da ocorrência de cio nas fêmeas e ao baixo índice de prenhes registrados.
Para agravar mais a situação, segue alta a ocorrência de carrapatos e moscas do chifre, fato que termina provocando uma maior debilidade dos animais.
A situação melhorou na Fronteira Oeste, onde as chuvas foram mais intensas, com a pastagem apresentando um melhor rebrote e o gado começando a demonstrar recuperação.
Nas demais regiões do Estado, a manutenção das chuvas está mantendo o quadro de normalidade e o bom desempenho da atividade. O desenvolvimento das pastagens está bom, refletindo-se em um melhor desempenho reprodutivo e produtivo dos animais. O índice de ganho de peso segue satisfazendo os pecuaristas e projetando uma tranquila entrada dos animais na estação fria,
quando os animais geralmente perdem peso.
A oferta de animais para o abate nestas regiões segue normal. O levantamento de preços realizado nas principais praças de comercialização no último período, demonstrou um comportamento semelhante ao observado nos períodos anteriores: estabilidade e pequena variação dos preços médios
praticados.
Desta vez, o preço da vaca gorda manteve-se estável em R$ 2,85 o kg vivo, e a cotação do boi gordo obteve pequena valorização, passando de R$ 3,22 para R$ 3,23 o kg vivo, o que representa um aumento de 0,31%.
Fonte: Emater/RS

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