Com as chuvas que caíram nos últimos dias na Fronteira Oeste e em outras regiões do Estado, técnicos da Secretaria da Agricultura, Pecuária e Agronegócio (Seapa) voltam a se preocupar com a proliferação do carrapato nos campos. "A união de altas temperaturas (acima de 27°) e de umidade do ar (cerca de 70%) faz com que os carrapatos multipliquem-se", alerta Joal Pontes, da Regional de Alegrete. O veterinário da Seapa diz que agora é período de tratar os animais contra o parasita.
O parasita Boophilus microplus, popularmente conhecido como carrapato, provoca o emagrecimento do bovino, ou seja, retarda o engorde dos animais, exatamente na época quando inicia-se a safra do ano (começo do inverno). "Os produtores, ressalta Pontes, devem fazer tratamento contra o parasita, seja pelo uso de produtos injetáveis (endectocidas), pulverização ou banho de imersão".
O carrapato
As altas proliferações do parasita dão-se em três períodos do ano, são as chamadas gerações. A primeira geração ocorre em setembro/outubro, a segunda em dezembro/janeiro e a terceira em abril/maio. Neste verão, entretanto, devido a seca que assolou algumas regiões do Rio Grande do Sul até final de janeiro, somada com as chuvas que caíram, criaram-se as condições para o surgimento do binômio ideal para a multiplicação do carrapato no campo.
O tratamento escolhido deve ser aplicado no bovino pelo produtor rural antes destes períodos, evitando, assim, chegar aos meses apontados com grandes infestações. O ciclo de vida do carrapato é de 21 dias no solo e de 30 dias a seis meses no animal. Cada fêmea põe de dois a três mil ovos e cada ovo se transforma em um novo carrapato.
FONTE: Governo do Estado do Rio Grande do Sul
Nenhum comentário:
Postar um comentário