quinta-feira, 14 de abril de 2011

Como anda o mercado do boi no curto-prazo

O mercado segue com baixo volume de negócios, já não é novidade. De um lado, a oferta de animais terminados está muito pequena. Do outro, a indústria não se vê motivada a pagar maiores valores pela arroba, apesar de trabalhar com escalas curtas. Ocorre que o escoamento de carne não tem se dado facilmente.

Em São Paulo, as escalas seguem diminuídas, com falhas e saltos, mas o feriado poderá ajudar a criar uma impressão falsa de programações mais longas. De toda forma, na maioria dos casos, elas ainda estão para os dias 18 e 19.

No Mato Grosso do Sul, importante praça pecuária, as programações são iguais, com uma diferença: boa parte das unidades pulará o sábado.

As escalas mais longas foram registradas em Goiás, região de Goiânia (dia 20). Lá a pressão é um pouco maior, mas apesar disso, os preços permanecem estáveis.

A volta do feriado possivelmente trará escalas ainda mais curtas, devido à baixa movimentação (em alguns casos, chega a ser nula) que é registrada em dias festivos.

Já a carne no atacado segue estável. A primeira quinzena do mês tem sido suficiente apenas para manter os preços estáveis, mas não estimulou reação como ocorreu no mesmo período do mês passado.

Com o feriado e com a pouca oferta, entretanto, os estoques poderão enxugar um pouco e a segunda quinzena poderá contar com um fator de suporte adicional. A tentativa da indústria neste momento, foca em não deixar os preços da arroba reagirem nesta primeira quinzena, já que tem sido difícil precificar a carne acima dos patamares atuais.

E para quem gosta de gráficos, o BGIV11 (out/11) finalmente pegou um pouco de volume e rompeu sua LTB (linha de tendência de baixa), recuperando a primeira retração de Fibonacci, o que deixa o cenário positivo para o vencimento.

A contagem de Elliott tem se confirmado e indica o início de uma onda 5 que pode se desconfigurar caso o mercado recue e perca os 102,80. Outro indicador de que a contagem está correta é a divergência altista de IFR (índice de força relativa) e do MACD (usando-se histograma das diferenças), além do volume recorde de negócios registrado ontem no gráfico diário. Caso consiga romper os 106,40, poderá buscar o topo, nos 107,66.

O cenário, portanto, é de preços levemente sustentados pela baixa oferta, mas sem expectativa de altas fortes, apenas lateralidade enquanto a demanda permanece fraca.

FONTE: WWW.AGROBLOG.COM.BR / AUTOR LYGIA PIMENTEL

Nenhum comentário: