Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) foram abatidas 29,24 milhões de cabeças de bovinos em 2010.
As fêmeas compuseram 34,9% dos abates, valor inferior ao observado em 2009 (36,3%), o que indica que o criador continua acreditando na atividade e retendo suas matrizes, mesmo com o custo de oportunidade imposto pelos altos preços das vacas no gancho.
A participação de fêmeas na produção de carne é influenciada diretamente pelo preço do bezerro. Com os bezerros valorizados, as fêmeas são vistas como matrizes.
Com as cotações dos bezerros em baixa elas são vistas como produtoras de carne e como o montante que vai ajudar a fechar o caixa, uma vez que a produção (bezerros) não remunera de acordo com o esperado.
A cotação do bezerro acompanha a do boi gordo em boa parte do tempo. Com isto, os valores do boi gordo também têm influencia sobre a opção de vender ou não as fêmeas para o abate.
Em 2005 e 2006, na fase de baixa do ciclo pecuário, as participações de vacas nos abates foram altas, 43,8% nos dois anos.
A partir de 2007, com as valorizações do boi gordo, os abates de fêmeas se tornaram proporcionalmente menores, em relação aos machos. Figura 1.
Em 2007 elas compuseram 40,1% do total. Em 2008 e 2009 as participações foram de 38,7% 36,3%, respectivamente.
Em algum momento estas fêmeas que estão sendo retidas vão sobreofertar o mercado com bezerros, que tendem a frouxar o mercado de reposição.
Com isto, a tendência é que elas percam sua atratividade em relação à cria, o que as leva para o gancho.
Esta variação de oferta e demanda gerada pelo abate de fêmeas e oferta de bezerros e bois gordos é a base do ciclo pecuário.
Um fator que deve ser levado em consideração é a demanda, que tem aumentado, paralelamente às oscilações de oferta
FONTE: SCOT CONSULTORIA
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