quarta-feira, 13 de abril de 2011

Vacinação contra febre aftosa é autorizada para os remates de outono no Rio Grande do Sul

A menos de duas semanas para o início das feiras de outono da Associação dos Núcleos de Produtores de Terneiros de Corte do Rio Grande do Sul (ANPTC-Sul), a estimativa é de que sejam vendidos mais de 10 mil animais em eventos realizados em seis municípios. A maior preocupação dos criadores é com a vacinação contra a febre aftosa.

Como o período de imunização se inicia em maio, para que os animais sejam transportados após a aplicação da vacina, a secretaria da Agricultura do Estado precisa liberar a compra antes do calendário de imunização. Neste ano, a autorização será emitida apenas na próxima sexta-feira. Para a participação nas feiras, os exemplares precisam ser vacinados contra a doença até 15 dias antes do deslocamento.

— No ano passado, a liberação foi feita nos primeiros dias de abril, mas poucos criadores aproveitaram o maior prazo — explicou o diretor do Departamento de Defesa Agropecuária da secretaria, Heraldo Marques.

Para quem participa dos eventos já na primeira semana de maio, o tempo de aplicação da vacina é curto. Segundo o presidente da associação, Max Soares Garcia, alguns criadores terão pouco tempo para imunizar o rebanho.

— Os expositores de São Sepé terão apenas um dia para a vacinação — aponta Garcia.

A obrigatoriedade da vacina contra a brucelose, aplicada apenas nas fêmeas até oito meses, foi dispensada nas feiras de outono. A justificativa da secretaria é a falta de estoque.

— Os laboratórios tiveram problemas no fornecimento do produto. Então, decidimos liberar para não prejudicar os negócios — aponta Marques, esclarecendo que o risco de contaminação é baixo, porque, de uma forma geral, as fêmeas dos rebanhos são vacinadas no período indicado.

As medidas apontam que a imunização do rebanho não deve interferir nas feiras. O clima entre os produtores é de otimismo e o crédito está garantido pelos bancos. A partir do dia 26, se iniciam os negócios em Cachoeira do Sul, e seguem em São Sepé, Pinheiro Machado, Caçapava do Sul, Santana da Boa Vista e Lavras do Sul. Mesmo com a seca, não haverá redução de oferta, apenas devem entrar em pista animais com um peso mais baixo. A associação estabeleceu o peso mínimo em 150 quilos.

FONTE: CANAL RURAL

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