terça-feira, 5 de junho de 2012

Veterinários e Zootecnistas mais sustentáveis



O Conselho Federal de Medicina Veterinária (CFMV), consciente da importância da atuação dos Médicos Veterinários e dos Zootecnistas para o meio ambiente, assumiu no dia 05 de junho, dia do meio ambiente, um compromisso público com o desenvolvimento sustentável, a partir de uma declaração de comprometimento da categoria.

“As práticas sustentáveis constituem a base para as atividades diárias do Médico Veterinário e do Zootecnista. Agora, tornamos pública nossa preocupação com a observância das legislações, normas e valores que regem o tema”, comentou o Presidente do CFMV, Benedito Fortes de Arruda. Ele lembra que os Médicos Veterinários e Zootecnistas são protagonistas no desenvolvimento de pesquisa, conscientização e fiscalização para que, principalmente, seja realizada a produção de alimentos de forma sustentável.

Para a Presidente da Comissão Nacional de Meio Ambiente (CNMA) do CFMV, Claudia Scholten, “o documento incentivará os profissionais a se conscientizarem e se preocuparem ainda mais com o impacto das ações praticadas em sua rotina de trabalho como também com a preservação e produção sustentável”.

Com a Declaração, o Sistema de Conselhos Regionais e Federal de Medicina Veterinária (CFMV/CRMVs) e os profissionais se comprometem publica e oficialmente a realizar o exercício profissional observando a legislação ambiental, agrária, sanitária, trabalhista e as orientações das Nações Unidas sobre o tema. Também observarão as práticas de preservação, conservação e restauração de processos ecológicos, biodiversidade, uso de recursos naturais, educação ambiental e o bem-estar animal. O documento também deixa evidente a disponibilidade de contribuição para o caso de desastres naturais.

Atuação - O Brasil se encontra entre os líderes na produção, comercialização e consumo de proteínas, sendo o maior exportador de carne bovina e de aves e o quarto maior em suínos. A produção sustentável de alimentos é o diferencial que o País oferece para se manter nesta liderança. Isso se dá por suas condições de solo e clima que permitem, principalmente, a criação menos intensificada e menos poluente.

“A contribuição direta dos Médicos Veterinários e Zootecnistas está em garantir que as praticas sustentáveis se difundam entre os produtores com profissionalismo, segurança alimentar e rentabilidade”, diz Arruda, presidente do CFMV. Como exemplo cita pesquisas que desenvolvem dietas para o gado para a redução da emissão de metano, um dos gases poluentes da camada de ozônio. Os profissionais também se preocupam em difundir o manejo racional, priorizando o bem-estar animal de forma que, por exemplo, o abate seja humanitário. “Os Médicos Veterinários e Zootecnistas são formadores de opinião e multiplicadores do conhecimento entre os produtores e os profissionais de campo e motivam a continuidade das ações”, explica.

Há atuação também na perícia ambiental e a gestão ambiental. “A formação generalista do Médico Veterinário, lhe garante conhecimento em saúde animal, produção de alimentos, características do solo e da fauna, entre outros, por esse motivo têm um olhar múltiplo na avaliação ambiental”, comenta Claudia Scholten, da CNMA do CFMV. Os Médicos Veterinários e Zootecnistas também estão presentes na educação ambiental, seja com orientações sobre práticas corriqueiras como o correto descarte de resíduos (pêlos e fezes); seja como multiplicadores em programas específicos direcionados às comunidades exploratórias, nos quais abordam informações de preservação de espécie e do ambiente para continuidade sustentável do negócio.

Segue a íntegra do compromisso público:

Declaração de Comprometimento do Conselho Federal de Medicina Veterinária (CFMV) com o Desenvolvimento Sustentável

Os Médicos Veterinários e Zootecnistas com o objetivo de firmarem seus compromissos com o Desenvolvimento Sustentável se comprometem a realizar o exercício profissional sempre em observância à: 
I – legislação ambiental, agrária, sanitária e trabalhista;

II –preservação conservação e restauração de processos ecológicos essenciais, bem como no fomento ao manejo sustentável das espécies e ecossistemas;

III – preservação, proteção, conservação da biodiversidade e dos conhecimentos tradicionais e ao patrimônio genético;

IV – ao uso sustentável dos recursos naturais e a preservação e/ou conservação dos espaços especialmente protegidos, constitucionalmente definidos;

V – ao controle da produção, comercialização e emprego de técnicas, métodos e substâncias que minimizem riscos ao ambiente;

VI - educação ambiental;

VII – bem-estar-animal.

VIII – contribuição imediata e sempre que solicitada com a comunidade a ao Estado, sempre que ocorrer desastres naturais ou outras emergências que possam produzir efeitos súbitos e nocivos ao ambiente.

IX – notificar as autoridades ambientais competentes, prévia e tempestivamente, sobre riscos ambientais observados no exercício profissional e fornecer todas as informações necessárias;

X – As declarações das Nações Unidas sobre o Ambiente e o Desenvolvimento Sustentável.

Agrolink com informações de assessoria

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