O calendário de implantação do projeto piloto do novo Serviço de Rastreabilidade de Bovinos e Bubalinos (Sisbov) nos estados que possuem indústrias habilitadas a exportar carne à União Europeia deve ser acertado em reuniões realizadas hoje e amanhã em Brasília.
No encontro entre os técnicos da Secretaria de Defesa Agropecuária do Ministério da Agricultura (Mapa) também deve ser apresentada a versão final da Plataforma de Gestão Agropecuária (PGA), que, segundo o secretário de Defesa Agropecuária do Mapa, Francisco Jardim, está praticamente finalizada. A intenção é que a fase de testes ocorra ainda neste semestre. Hoje, o Brasil tem 2.184 propriedades rurais aptas ao fornecimento de animais para abate em oito estados, 133 delas no RS.
A conclusão do sistema operacional de dados é condição para que substituir o atual processo em 2011. Apesar da previsão ministerial, há quem não acredite que o prazo seja cumprido devido a divergências dentro do próprio ministério e à necessidade de o sistema ser submetido ao crivo europeu. Embora menos burocrático que o atual, o Sisbov remodelado abre brechas para falhas, analisa um técnico do primeiro escalão do ministério. Pelo texto, as auditorias nas fazendas deixarão de ser feitas pelas certificadoras privadas, serviço que passará para o governo. E, com os atuais quadros públicos, hoje, o ministério não teria condições de atender ao crescimento de demanda. Questionado sobre o racha interno, Jardim desconversou. "Essas são apenas divergências técnicas."
O cenário praticamente parou o mercado de rastreabilidade no Estado. Segundo o diretor do Departamento de Defesa Agropecuária (DPA) da Secretaria da Agricultura, Cláudio Dagoberto Bueno, os veterinários têm feito só três auditorias ao mês. Parte dos pecuaristas gaúchos teme perder clientes e o investimento já feito para se adequar às regras do Sisvov.
Fonte: Correio do Povo
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