“No primeiro trimestre somente foram exportadas 100 mil toneladas. Suponhamos que se vendêssemos nos outros meses um número similar, estaríamos com 50% do exportado em 2009”, disse Néstor Roulet, presidente da Confederação de Associações Rurais da Terceira Zona (Cartez), para Notícias Argentinas.
Segundo dados do Financial Times, entre 2002 e 2005 os estoques de gado cresceram 12%, a produção foi incrementada em 24% e as exportações duplicaram, até atingir as 771.427 toneladas há 5 anos.
Mas este ano as vendas externas e a produção caíram abaixo das 2000 e o número de animais, 48,9 milhões, voltou aos níveis de 2001, o ano da grande crise argentina.
As restrições às exportações impostas pelo governo para proteger os preços internos, a seca do período 2008/2009 e a expansão da soja que é mais rentável, fatores que influenciaram e que os especialistas indicaram ao Infobae.com.
Neste cenário, Roulet, presidente da Confederação que agrupa as sociedades rurais de Córdoba e San Luis, entre outras, disse que o preço do novilho seguirá aumentando”.
O ruralista disse ainda que para poder exportar será necessário, segundo sua visão, reduzir o consumo interno em 10%: “Baixar de 55 Kg anuais por pessoa para 48 kg”.
Disse ainda que deve-se abater somente 9.700 de cabeças. “Ainda estamos comendo parte do estoque. Nascem 10 milhões de terneiros e nós comemos onze, e esse um milhão sai de algum lugar”, alertou.
Apesar da Argentina se manter como um dos principais produtores e exportadores mundiais de carne, rivais como o Uruguai incrementaram sua participação no mercado global e ainda investiram aqui.
Os produtores alertam que a Argentina se arrisca a ficar para trás num contexto em que o aumento da população mundial e o crescimento da classe média na China aumente o consumo de carnes.
“A Argentina está perdendo oportunidades. O mercado cresce e o país deveria crescer”, completou.
Cadena3.com - Tradução Portal Agrolink
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