sábado, 9 de outubro de 2010

Em cinco anos foram reduzidas pela metade as exportações de carne

Mas este ano as vendas externas e a produção tiveram queda abaixo das 2000 toneladas e o número de animais, 48,9 milhões, voltaram aos níveis de 2001
“No primeiro trimestre somente foram exportadas 100 mil toneladas. Suponhamos que se vendêssemos nos outros meses um número similar, estaríamos com 50% do exportado em 2009”, disse Néstor Roulet, presidente da Confederação de Associações Rurais da Terceira Zona (Cartez), para Notícias Argentinas.
Segundo dados do Financial Times, entre 2002 e 2005 os estoques de gado cresceram 12%, a produção foi incrementada em 24% e as exportações duplicaram, até atingir as 771.427 toneladas há 5 anos.
Mas este ano as vendas externas e a produção caíram abaixo das 2000 e o número de animais, 48,9 milhões, voltou aos níveis de 2001, o ano da grande crise argentina.
As restrições às exportações impostas pelo governo para proteger os preços internos, a seca do período 2008/2009 e a expansão da soja que é mais rentável, fatores que influenciaram e que os especialistas indicaram ao Infobae.com.
Neste cenário, Roulet, presidente da Confederação que agrupa as sociedades rurais de Córdoba e San Luis, entre outras, disse que o preço do novilho seguirá aumentando”.
O ruralista disse ainda que para poder exportar será necessário, segundo sua visão, reduzir o consumo interno em 10%: “Baixar de 55 Kg anuais por pessoa para 48 kg”.
Disse ainda que deve-se abater somente 9.700 de cabeças. “Ainda estamos comendo parte do estoque. Nascem 10 milhões de terneiros e nós comemos onze, e esse um milhão sai de algum lugar”, alertou.
Apesar da Argentina se manter como um dos principais produtores e exportadores mundiais de carne, rivais como o Uruguai incrementaram sua participação no mercado global e ainda investiram aqui.
Os produtores alertam que a Argentina se arrisca a ficar para trás num contexto em que o aumento da população mundial e o crescimento da classe média na China aumente o consumo de carnes.
“A Argentina está perdendo oportunidades. O mercado cresce e o país deveria crescer”, completou.

Cadena3.com - Tradução Portal Agrolink

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