Após nove anos, o Programa Agregar Carnes RS é apontado como fator fundamental para a queda do abate clandestino no Estado. No período, o volume do abate informal passou de 50% para algo entre 15% e 20%.
O programa fomenta o desenvolvimento e a competitividade da cadeia produtiva com a concessão de crédito presumido às empresas habilitadas que adquirem bovinos, bubalinos e ovinos no Rio Grande do Sul. Os participantes pagam 2,5% de ICMS sobre as operações contra a tarifa em vigor de 7%.
Levantamento da Secretaria da Agricultura mostra que, somente no primeiro semestre deste ano, 93 empresas foram beneficiadas. A renúncia fiscal de R$ 41,7 milhões garantiu o abate regular de 682.488 cabeças.
De acordo com o coordenador do Agregar, Hermes Ribeiro, se o segundo semestre prosseguir no mesmo ritmo, será possível superar o recorde de 2006, quando foram abatidos 1,769 milhão de cabeças pelo programa, que acumula 10,68 milhões de animais desde sua criação em 2002.
Segundo o presidente do Sicadergs, Ronei Lauxen, a maioria dos abates dos frigoríficos do Estado está dentro do Agregar. Ele acredita que as estatísticas podem servir como um bom argumento na eventual necessidade de negociar a manutenção do programa com o novo governo estadual que assume em janeiro. "Temos certeza que o novo governo irá reconhecer a importância do setor pecuário e manterá o Agregar."
Números do programa (abate de bovinos, bubalinos e ovinos):
- 2002 - 520.286 cabeças
- 2003 - 900.237 cabeças
- 2004 - 1.180.392 cabeças
- 2005 - 1.500.559 cabeças
- 2006 - 1.769.245 cabeças
- 2007 - 1.392.848 cabeças
- 2008 - 1.299.234 cabeças
- 2009 - 1.436.406 cabeças
- 2010 - 682.488 cabeças (até junho)
FONTE: Secretaria da Agricultura do RS e do jornal Correio do Povo, resumidas e adaptadas pela Equipe BeefPoint.
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