O secretário da Agricultura e do Abastecimento, Norberto Ortigara, e o diretor de Acompanhamento e Recuperação de Crédito do Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul (BRDE), Nivaldo de Assis Pagliari, negociaram nesta segunda-feira (25) um plano de ações de apoio à agricultura, pecuária e agroindústria paranaenses. O banco tem cerca de R$ 1 bilhão para apoiar atividades na área do agronegócio e quer o apoio da secretaria para o fomento e a organização dos produtores.
A proposta consiste na celebração de convênios que deverão contemplar com linhas de crédito iniciativas de fomento à fruticultura, ovinocaprinocultura e pecuária leiteira; de incentivo à recuperação de solos e cultivo de florestas e à irrigação e construção de poços artesianos. Todas as ações deverão ser executadas na região Centro-Sul do Estado.
Conforme a negociação,deverão ser ajustados convênios de cooperação técnico-financeira entre o governo do Estado e o BRDE, com a participação do Instituto Emater, como prestador de serviços de assistência técnica, das cooperativas de crédito Sicredi, Cresol baser, Sicoob e de cooperativas agropecuárias paranaenses.
O BRDE vai operar com linhas de crédito previstas nos planos safras para a agricultura empresarial, do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, e da agricultura familiar, do Ministério do Desenvolvimento Agrário, ofertadas pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).
PROGRAMAS – O programa de modernização e fortalecimento da fruticultura no Paraná visa apoiar com linhas de crédito a implantação e reforma de pomares e melhoramento ou reconversão de espécies de frutas. Os recursos serão aplicados na instalação, ampliação e modernização de unidades armazenadoras, limpeza e transformação das frutas.
Outro projeto prevê a modernização e fortalecimento da ovinocaprinocultura e da pecuária leiteira, com apoio à construção e modernização de benfeitorias, aquisição de equipamentos, adequação sanitária, tratamento de dejetos, além da aquisição de matrizes e reprodutores.
Os financiamentos previstos para esses programas terão taxas de juros de 1% até 6,75% ao ano e prazo total de 96 a 120 meses para pagamento, incluindo carência de até 36 meses. Os empreendimentos individuais serão contemplados com valores entre R$ 130 mil e R$ 600 mil por beneficiário. Os empreendimentos coletivos serão contemplados com linhas de crédito até o valor de R$ 1,2 milhão.
O apoio do BRDE visa ainda apoiar a implantação e modernização dos sistemas integrados lavoura-pecuária e floresta e ainda a recuperação de áreas degradadas e correção de solos no Paraná. Para essas atividades o limite por beneficiário vai de R$ 130 mil até R$ 1 milhão por ano-safra. Para o secretário Norberto Ortigara, não há dúvidas que a intervenção técnica consistente na produtividade da pecuária de corte pode transformar regiões onde a produtividade das pastagens é baixa em áreas altamente promissoras.
Ortigara disse que já viu iniciativas semelhantes em Goiás, onde extensas áreas infestadas de cupins foram transformadas em pastagens de elevada produtividade. Ele citou pesquisas que estão sendo feitas pelo Iapar no município de Xambré com incentivo à lavoura-pecuária e florestas que estão sendo bem sucedidas.
De acordo com a diretoria do BRDE, o banco também está disposto a financiar a implantação e manutenção de florestas comerciais ou destinadas à recomposição da reserva legal ou de áreas de preservação permanente. O limite por beneficiário é de até R$ 1 milhão por ano-safra com taxas de juros de 5,5% ao ano.
O banco também quer financiar a implantação de sistemas de irrigação para produtores rurais e financiamento para perfuração e instalação de poços artesianos nas propriedades.
FONTE: AGENCIA DE NOTICIAS DO PARANÁ
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