quinta-feira, 28 de julho de 2011

Volume de confinados deve ser maior neste ano mesmo com aumento de 45% nos custos de produção

Confinamento 2011: consultor acredita em aumento de 20 e 25% no volume confinado de animais este ano, mesmo com crescimento de 45% nos custos. Para quem fechou animais semi-prontos, com parte da engorda feita a pasto, lucro pode ser superior a 30%.



Segundo o Levantamento da Bigma Consultoria, os custos do confinamento de 2011 estão até 45% mais altos quando comparados com a média de 2010. Tudo isso com base, principalmente, na alta dos custos dos alimentos dos animais. Entretanto, o analista da Consultoria, Mauricio Palma Nogueira, acredita em um aumento de 20 a 25% no volume de animais confinados neste ano, já que o produtor verifica a possibilidade de ganhos com base nos preços futuros praticados hoje.

O ano de 2010 começou com perspectivas negativas em relação ao preço para outubro. A opção de hedge na BM&F/Bovespa até meados do ano não era atrativa e inibiu os investimentos. Já para este ano, com base nos preços atuais mais valorizados, o produtor está mais confiante. "Isso incentiva o produtor a protelar os custos de produção que aumentaram para o confinamento, e tentar confinar o máximo possível", comenta.

Nogueira explica que, para o produtor que fechou animais semi prontos, com parte da engorda feita a pasto, o lucro pode ser superior a 30% considerando atuais preços. Já para o produtor que pegou o boi magro para fazer o animal ganhar peso no confinamento, o consultor alerta que o pecuarista tenha cautela e faça suas contas. "Mesmo nesse caso, se você considerar os preços de hedge (de hoje), você já fecha essa conta", acredita.

Com o aumento de confinados, há possibilidade de ocorrer uma pressão de oferta, principalmente no Estado de Goiás, onde mais da metade dos confinamentos são brasileiros."Já tem animal de confinamento entrando e atrapalhando a alta de preços no Estado", afirma. Porém, se houver reação no mercado de carnes, a oferta de confinamento não deve ser suficiente para suprir a demanda. "Eu acredito que o cenário é ainda de falta de oferta", conclui.
Fonte: Notícias Agrícolas // Aleksander Horta e Marília Pozzer

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