"Somos os maiores do mundo quando se trata de pecuária, mas não somos os melhores. Mesmo tendo o maior rebanho comercial, o país tem um longo caminho a percorrer para incorporar qualidade à carne e elevar o valor agregado do produto."
A avaliação é do pecuarista Fábio Gomes, criador e melhorador da raça Angus.
Advogado, Gomes diz que investe toda a poupança no melhoramento genético de seu rebanho. "É uma questão de identidade. Nasci em uma fazenda."
Após produzir uma carne de qualidade, mas que não era remunerada de acordo com o valor adequado, o pecuarista passou a investir na seleção genética.
Escolheu o angus por a raça ter a carne mais apreciada no mercado, principalmente devido ao marmoreio -gordura entremeada nas fibras.
O pecuarista investe no angus tropical -animal mediano, de muita carne, precoce, rústico e de pelo curto. "É o ideal para o ambiente brasileiro e já está espalhado por 19 Estados", diz ele.
Um dos objetivos de Gomes é obter um gado que ganhe peso e tenha precocidade. Ou seja, que possa ser abatido de 18 a 24 meses.
A pecuária moderna exige custos elevados e a carne tem de ser valorizada de forma adequada. Levou tempo para os frigoríficos ficarem sensíveis, mas já há um movimento nesse sentido, diz ele.
FONTE: AGRONLINE
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