Somente com a entrada dos animais confinados no mercado valor da arroba deve baixar. Até julho, previsão é de alta
O mercado de boi gordo deve se manter estável até meados de junho, quando a restrição na oferta de gado aumentará. A avaliação é do diretor da AgraFNP, José Vicente Ferraz, que acredita em pressão de alta sobre as cotações até a entrada de animais confinados no mercado, o que deve ocorrer com mais força apenas em agosto.
“Entre junho e julho, devemos ver a oferta bem mais apertada para os frigoríficos, o que pode provocar alta nas cotações, mas não uma explosão de preços”, diz ele, apontando como limitador a sucessivos reajustes do boi gordo o desempenho das vendas no atacado.
“Com os preços dos grãos mais baixos, a carne de frango está bastante competitiva”, observa. Desta forma, ele acredita na migração dos consumidores da carne bovina para uma proteína mais barata.
No fim da semana passada, no entanto, o consumo de carne bovina apresentou reação. “Com a queda do preço da carne no atacado, vimos aumento da demanda por carne desossada”, informa Ferraz. Para a Scot Consultoria, a recente redução da oferta de carne, causada pela diminuição no ritmo dos abates, pode incentivar reajustes, movimento que estimularia os frigoríficos a elevar as propostas apresentadas aos produtores. As ofertas giram em torno de R$ 78 por arroba à vista, livre do Funrural, em São Paulo. A prazo, as negociações ocorrem entre R$ 79 e R$ 80 a arroba, também já descontado o imposto.
FONTE: Estadão
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