quarta-feira, 4 de agosto de 2010

Abates de bovinos crescem 11% no primeiro semestre em MT


Foram abatidos 2,23 milhões de cabeças contra 2 milhões em 2009
O volume de abates de bovinos, em Mato Grosso, encerrou o primeiro semestre do ano com incremento de 11,11% em relação a igual período do ano passado. Este ano, segundo levantamento do Instituto de Defesa Agropecuária (Indea/MT), o Estado abateu 2,23 milhões de cabeças, contra 2 milhões no primeiro semestre de 2009, incremento de 223 mil animais no período.
No mês de junho, o volume abatido no Estado foi de 354 mil cabeças, representando recuo de 9,5% em relação ao mês passado, quando foram abatidos 323 mil animais. Os números foram divulgados nesta segunda-feira (02-08) pelo Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea), que atribui o recuo, entre outros fatores, ao fechamento de plantas frigoríficas no Estado.
A variação no primeiro semestre do ano apresenta elevação quando comparada apenas o abate de machos, com 1,41 milhão de cabeças este ano. O abate desses animais registrou incremento de 17,90%. Já as fêmeas obtiveram, no primeiro semestre, um total de 820 mil cabeças, representando alta de 1%. Com esses números, o percentual de fêmeas abatidas este ano em Mato Grosso ficou em 37%.
Já os embarques de carne bovina in natura de Mato Grosso, no mês de junho, acumularam 17,70 mil toneladas. No primeiro semestre de 2010, as exportações in natura totalizaram 86,4 mil toneladas. A rota de embarque mais utilizada foi o porto de Santos (SP), pelo qual foram exportadas 59,8 mil toneladas (69,30% do total), seguido dos portos de Paranaguá (PR), representando 18,8 mil toneladas e, Itajaí (SC), com 5,9 mil toneladas. A participação dos portos de Itajaí e Paranaguá obteve um avanço de 1,06% e 1,86% se comparado com a média do ano anterior, enquanto Santos registrou uma diminuição de 1,60%. Segundo o Imea, a maior parte dos embarques da carne mato-grossense continua acontecendo via porto dos Santos, apesar da queda vista na comparação com a média do volume exportado no ano passado.
COTAÇÃO – Levantamento do Imea mostra o diferencial de base entre a cotação da arroba do boi gordo negociado em São Paulo e Mato Grosso, o spread, que encerrou o mês de julho com R$ 9,48 a arroba, superando o mês anterior. O spreed - diferença entre o preço de compra (procura) e venda (oferta) - iniciou o ano em R$ 8,12/arroba e variou de forma inconstante, apesar de se observar tendência de alta no preço das duas praças.
No mês passado, o spread continuou a tendência de alta iniciada em maio devido à evolução nos preços da arroba em São Paulo, que demonstrou alta de 2,54% no mês anterior. O motivo da melhora no preço desta praça é a diminuição de oferta do boi.
Mesmo com o incremento observado desde o mês de maio, quando o spread chegou aos R$ 7/arroba, a média do ano ficou em R$ 8,11/arroba, permanecendo abaixo da média do ano passado, que registrou R$ 11,20/arroba.
O boi gordo comercializado encerrou a semana passada com o preço médio de R$ 73,80/arroba, no pagamento à vista, com incremento de 0,46% relação à semana anterior. Seguindo a tendência, a vaca gorda terminou sendo negociada a R$ 68,32/arroba à vista, demonstrando evolução de 0,52% em relação à semana passada.
Por região, a centro sul foi a que apresentou o melhor preço médio ao produtor, encerrando a semana com a arroba do boi gordo cotada a R$ 76,06. Em seguida, aparecem a região oeste, com cotação de R$ 75,92/arroba, sudeste (R$ 75,08), médio norte (R$ 73,07), nordeste (R$ 72,53), noroeste (R$ 72,05) e, norte, R$ 71,45/arroba.

FONTE:Diário de Cuiabá
Autor: Marcondes Maciel

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