quarta-feira, 4 de agosto de 2010

Queda de 15,7% no confinamento de gado em MT

A previsão é que os animais de confinamento ocupem 31% da capacidade de abate no estado no mês de outubroCuiabá
A intenção do produtor de Mato Grosso em investir no sistema de confinamento de gado registrou uma queda de 15,7% este ano com relação ao ano passado. Em 2009 foram confinados 637.983 animais e este ano caiu para 537.897. Foram identificadas 221 propriedades com estrutura de confinamento em Mato Grosso, sendo que 207 foram contatadas pelo Imea - Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária de MT – e dessas 152 estão confinando e 55 não vão colocar nenhuma cabeça em suas estruturas.
Pelo levantamento do Imea, a única região que registrou aumento de 2009 para 2010 foi a Médio-norte, com um acréscimo de 7,1% no número de animais confinados. Nas demais regiões houve recuo, com destaque para a região Noroeste, que teve queda de 44,94%. Mesmo com o recuo de 8,3%, a região Sudeste deve confinar o maior número de animais no Estado, com a previsão de 161 mil cabeças. Em relação às operações de Hedge, que são utilizadas como forma de seguro, o contrato a termo feito com o frigorífico respondeu por 8% do total e 14% é a parcela do contrato futuro feito na Bolsa de Mercadorias e Futuros (BM&F).
O anúncio dos dados foi feito pela Associação dos Criadores de Mato Grosso – Acrimat, durante coletiva com a imprensa nesta terça-feira (03). O superintendente da Associação, Luciano Vacari, analisa que essa queda demonstra que “o pecuarista está percebendo ano a ano, que o confinamento é um negócio bem diferente do sistema produtivo tradicional, que requer atenção especial, com gestão profissional, manejo especifico, investimento em estrutura voltada para esse sistema e com olhar no futuro”. Ele explica que o produtor tem que fazer “muitas contas até a tomada de decisão de confinar ou não, como o preço do garrote, o custo de todo processo durante o tempo de permanência no confinamento e analisar o mercado futuro, para ver se compensa ou não o investimento. Mesmo com o registro dessa queda de animais confinados, esse é um negócio que tende a crescer”.
O produtor, que pode ter dois giros por ano na estrutura de confinamento, vai entregar os animais para o abate do segundo semestre, até o final do ano. “O levantamento do Imea demonstra que neste ano, a distribuição dos abates dos animais confinados se apresentou mais equilibrada em relação ao ano passado, mas as maiores entregas continuam sendo nos meses de setembro, com previsão de 20,6% e outubro com 24,3% do volume total”, disse o superintendente do Imea, Otávio Celidônio.
Diz um ditado do campo que o boi criado no pasto é do pecuarista e o boi de confinamento é do frigorifico, já que esse animal tem data para ser abatido. Essa teoria rural e o as datas estipuladas de entrega “tranquiliza os frigoríficos que podem contar com uma oferta de gado, relativamente alta, nos períodos certos do ano”, comenta Vacari. A taxa de ocupação da capacidade de abate do Estado, dos frigoríficos SIF, com os animais oriundos das unidades confinadoras deve atingir no mês de outubro 31% das unidades disponíveis. Nos meses de setembro, outubro e novembro a região Centro-sul vai abater o maior volume de animais confinados chegando aos 57%, em outubro. A região que deve abater o menor número de animais é a região Noroeste, ficando com média de 1,0% no ano. As informações são da assessoria de imprensa da Acrimat.

FONTE: Agrolink

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