A Rede WWF e as lideranças mundiais da indústria de carne bovina anunciaram nesta quinta-feira (04), o compromisso de melhorar a sustentabilidade do sistema de carne bovina com o engajamento -- em escala nacional, regional e local -- das múltiplas partes interessadas.
Chegada das chuvas pode amenizar reajustes em MT. No Sul, há previsão de novos aumentos.
De acordo com Luiz Freitas, presidente do Sindifrigo, Sindicato das Indústrias de Frigoríficos, de Mato Grosso, a volta do período de chuvas pode colaborar para que o preço da carne bovina pare de subir. Freitas lembra que por causa da seca o gado ficou sem pasto para engordar, reduzindo a oferta para o abate e causando os aumentos nos preços. "Agora, com a normalização das chuvas, os preços se tornarão mais acessíveis à população", afirma.
Segundo Imea, Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária, na comparação anual, a fraldinha foi a peça bovina que sofreu o maior reajuste de preço em setembro de 2010: o quilo ficou 50,23% mais caro que em setembro de 2009. O preço da maminha aumentou 41,77% no mesmo período.
Freitas não acredita que o preço da carne volte ao patamar de setembro de 2009, mas aposta que os preços devem cair um pouco nos açougues e supermercados. "A carne não sofrerá mais aumento como era previsto para até fevereiro. Creio que a partir do dia 15 de novembro teremos uma estabilidade seguida de recuo", comenta Freitas.
Alta de 20% na semana no RS
De acordo com a Agas, Associação Gaúcha de Supermercados, o ritmo intenso das exportações de carne bovina e a grande concentração do fornecimento de carne nas mãos de poucos frigoríficos são responsáveis pelo aumento nos preços no varejo, que registrou uma elevação de 20% esta semana.
Segundo Antônio Cesar Longo, presidente da Agas, o reajuste se concentra em cortes específicos, como filé e picanha trazidos de outros Estados, que passam por período de entressafra. Ronei Lauxen, presidente do Sicadergs, Sindicato da Indústria de Carnes e Derivados do Estado, lembra que o reajuste de preço dos cortes gaúchos não ultrapassou 3% nas últimas duas semanas. Mas a tendência, segundo ele, é de que os valores se acelerem com a proximidade das festas de final de ano e da entressafra no Rio Grande do Sul. A expectativa é de que a elevação dos preços ao consumidor não passe de 10% nos cortes considerados nobres.
Fontes: Folha do Estado e Jornal do Comércio
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