O Brasil é o maior produtor e exportador de carne bovina do mundo, título que deve manter dependendo das atitudes de produtores e exportadores para não perder mercado. Atitudes que, invariavelmente, passam pela melhoria do trabalho nas fazendas. Neste cenário, profissionais e pesquisadores descobriram que o bem-estar de animais de produção é economicamente interessante e viável, mesmo que envolva custos para mudar o manejo em toda a cadeia da carne.
Bem-estar não é sentimentalismo ou dó do animal; é um fator econômico que deve ser agregado à empresa rural. O pecuarista precisa entender que a implantação das boas práticas de manejo é sempre acompanhada de adequação nas instalações, especialmente no curral.
Também é vital melhorar as condições de trabalho da fazenda, para que o funcionário seja estimulado a colaborar com a produção, seja diminuindo as perdas ou melhorando o rendimento de carcaça. De acordo com um estudo do Grupo Etco (Unesp - Jaboticabal, SP), coordenado pelo professor Mateus Paranhos da Costa, o Brasil perde de 10 kg a 12 kg de carne por animal abatido por causa de erros de manejo. Cerca de 40% das lesões ocorrem nos pastos e currais.
Em currais tradicionais, é praticamente inútil o esforço para evitar o estresse, especialmente no embarque, o que tem reflexos até os corredores do frigorífico. É um problema que provoca prejuízos em toda a cadeia, afeta contratos de exportação e mantém baixa a cotação da carne brasileira.
O cumprimento das exigências internacionais só é possível quando os animais chegam ao frigorífico com baixa reatividade, em função de um manejo adequado na fazenda. Este trabalho reduz drasticamente contusões, fibroses, abscesso vacinais, estresse - que além de provocar lesões interfere no pH da carne -, entre outros.
Para resolver a questão dentro da fazenda, os funcionários são convocados a trabalhar de forma menos agressiva, calma, respeitando os animais. A participação do proprietário neste processo muitas vezes ainda está aquém do necessário, visto que são poucas as fazendas que oferecem benefícios aos peões pela melhoria do produto carne. Por vezes, até evitam que tenham acesso a informações que lhes permitam entender a mudança.
A União Européia quer carne com garantia sanitária e qualidade, gerada em um ambiente transparente e aberto a negociações. Temos as ferramentas certas para isto, basta colocar em prática.
Com treinamento e manejo adequado é possível aumentar o faturamento, como mostram dados da consultoria Flor de Leles publicados em 2007, colhidos em uma fazenda em Goiás com 5.000 animais durante um ano:
Boi é matéria-prima para uma indústria ávida pela melhor qualidade possível, para poder agregar valor e alcançar mercados exigentes. Toda a cadeia deve participar. Isso exige investimentos, principalmente em infra-estrutura. Mas uma transformação real só será possível com capacitação da mão-de-obra.
Investir em treinamento é fundamental para melhorar o manejo e os resultados da fazenda
Bem-estar não é sentimentalismo ou dó do animal; é um fator econômico que deve ser agregado à empresa rural. O pecuarista precisa entender que a implantação das boas práticas de manejo é sempre acompanhada de adequação nas instalações, especialmente no curral.
Também é vital melhorar as condições de trabalho da fazenda, para que o funcionário seja estimulado a colaborar com a produção, seja diminuindo as perdas ou melhorando o rendimento de carcaça. De acordo com um estudo do Grupo Etco (Unesp - Jaboticabal, SP), coordenado pelo professor Mateus Paranhos da Costa, o Brasil perde de 10 kg a 12 kg de carne por animal abatido por causa de erros de manejo. Cerca de 40% das lesões ocorrem nos pastos e currais.
Em currais tradicionais, é praticamente inútil o esforço para evitar o estresse, especialmente no embarque, o que tem reflexos até os corredores do frigorífico. É um problema que provoca prejuízos em toda a cadeia, afeta contratos de exportação e mantém baixa a cotação da carne brasileira.
O cumprimento das exigências internacionais só é possível quando os animais chegam ao frigorífico com baixa reatividade, em função de um manejo adequado na fazenda. Este trabalho reduz drasticamente contusões, fibroses, abscesso vacinais, estresse - que além de provocar lesões interfere no pH da carne -, entre outros.
Para resolver a questão dentro da fazenda, os funcionários são convocados a trabalhar de forma menos agressiva, calma, respeitando os animais. A participação do proprietário neste processo muitas vezes ainda está aquém do necessário, visto que são poucas as fazendas que oferecem benefícios aos peões pela melhoria do produto carne. Por vezes, até evitam que tenham acesso a informações que lhes permitam entender a mudança.
A União Européia quer carne com garantia sanitária e qualidade, gerada em um ambiente transparente e aberto a negociações. Temos as ferramentas certas para isto, basta colocar em prática.
Com treinamento e manejo adequado é possível aumentar o faturamento, como mostram dados da consultoria Flor de Leles publicados em 2007, colhidos em uma fazenda em Goiás com 5.000 animais durante um ano:
Boi é matéria-prima para uma indústria ávida pela melhor qualidade possível, para poder agregar valor e alcançar mercados exigentes. Toda a cadeia deve participar. Isso exige investimentos, principalmente em infra-estrutura. Mas uma transformação real só será possível com capacitação da mão-de-obra.
Investir em treinamento é fundamental para melhorar o manejo e os resultados da fazenda
FONTE: BEEFPOINT
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