Com implantação de códigos é possível saber onde foi produzida e todo o caminho até o supermercado
A Paripassu, empresa especializada em rastreabilidade, firmou parceria com o grupo Pão de Açúcar para que os consumidores brasileiros comecem a receber carne rastreada. A origem e o caminho percorrido pelo produto pode ser conferido por meio de um selo 2D que conta com um QR code - espécie de código de barras de duas dimensões. Iniciado há cinco anos e com um investimento de R$ 500 mil, o projeto foi idealizado para toda a linha de carnes Taeq - marca exclusiva do Pão de Açúcar, resultado do cruzamento das raças nelore e rubia gallega. Quarenta fazendas e 40 mil vacas inseminadas integram o projeto e o número que deve saltar para 80 mil até 2013. A meta para 2010 é fechar o ano com um total de 2 milhões de quilos de carnes rastreadas.
O diretor comercial Giampaolo Buso explica que o consumidor já pode ter o conhecimento dos aspectos da produção do alimento que está consumindo, desde a origem, região onde foi produzido, onde foi industrializado e por onde é distribuído. "E tudo isso pode ser consultado facilmente, basta fazer a leitura pelo site www.qualidadedesdeaorigem.com.br ou www.paripassu.com.br, por meio do código do produto ou com um aplicativo para smartphones com leitor 2D. Isso é um avanço tecnológico, de segurança e qualidade alimentar".
Iniciado em 2009, o programa envolve o rastreamento de frutas, legumes e verduras convencionais e orgânicos e atinge mais de 600 pontos de venda em todo o território nacional.
Os primeiros lotes de carne bovina rastreada já estão disponíveis em oitos lojas em São Paulo, Rio de Janeiro, Fortaleza e Brasília. E até o final do ano, todas as unidades da rede que comercializam a carne Taeq terão lotes de carne rastreada. "Essa parceria agrega ainda mais valor ao serviço oferecido ao consumidor. Podemos dizer que os valores da Paripassu e do Pão de Açúcar se cruzam e que esses ganhos poderão ser traduzidos pelos clientes por qualidade e respeito com os quais tratamos os seus produtos", o gerente de desenvolvimento de carne Vagner Giomo.
Como funciona
- A primeira etapa é a seleção dos pecuaristas parceiros. Todos são profissionais do campo que detêm e aplicam tecnologias gerando assim animais de alto padrão. Quando esse pecuarista entra no programa, tudo que diz respeito à qualidade contempla o lado humano e ambiental.
- A segunda etapa desse processo concentra-se no controle genético. A linha exclusiva de carnes é resultado do cruzamento das raças nelore e rubia gallega que garante maciez e excelência da carne. Para saber mais sobre o histórico da raça, acesse http://www.genetica paratodos.com.
- As fazendas produtoras são auditadas e carregam o compromisso de desenvolver as comunidades locais, com baixo impacto em matas nativas e com menor emissão de gases de efeito estufa.
- Depois de desmamado, o gado fica de dois a 12 meses em fase de recria, sempre com ração balanceada para o desenvolvimento, ao contrário da pecuária extensiva, comum no país, onde o período de recria é de cerca de 30 meses, fase em que o gado emagrece na época da seca e torna o sistema subprodutivo. Depois do abate, os lotes de carnes são identificados com controle de qualidade de 100%. Todo o processo de produção e o transporte são fiscalizados.
- As carnes Taeq são recebidas em uma central de abastecimento e só vão para as lojas depois de passar por um exigente processo de inspeção.
FONTE: Gazeta Digital
Autor: Elaine Perassoli
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