quarta-feira, 29 de fevereiro de 2012

MT: utilização da capacidade frigorífica sobe 4,4% em 2011

A utilização da capacidade frigorífica obteve uma recuperação no ano passado em comparação com a média de 2010. O uso da capacidade de abate das unidades frigoríficas instaladas no Estado, estejam elas operando ou não, passou de 33,2% em 2010 para 37,6% em 2011. Esse aumento da utilização foi alcançado apesar do grande número de plantas frigoríficas que seguiram com suas atividades paralisadas no Estado no ano passado, além do fechamento de unidades como o Mataboi de Rondonópolis.
Esta evolução da utilização industrial pode ser atribuída, principalmente, a dois grandes fatores: primeiro, à retomada dos abates, de 4 unidades desde novembro de 2010, que antes se encontravam paralisadas e em segundo lugar ao aumento da oferta de bovinos destinados ao abate. Neste contexto, algumas plantas que estavam desativadas e passaram para o controle de outros grupos frigoríficos e foram reabertas. Em relação ao aumento do volume abatido, a evolução de 12,4% no ano, foi puxado pela grande oferta de fêmeas enviada aos frigoríficos, que registrou aumento de 46,8% em 2011.
Oferta e demanda
O gráfico abaixo demonstra a utilização da capacidade de abate nas macrorregiões. De maneira geral, a utilização da capacidade industrial registrou recuperação para todas as regiões. No entanto, verifica-se que a região nordeste do Estado, apesar da ligeira evolução, segue como a região mais prejudicada pela paralisação das atividades de plantas frigoríficas, que levaram a uma utilização da capacidade frigorífica instalada de 20%. A região noroeste apresentou uma significativa recuperação da utilização da capacidade, passando de 40% em 2010 para 68% no ano passado. A região médio-norte também apresentou uma grande recuperação da utilização, no entanto, como esta região representa apenas uma pequena participação da capacidade industrial de Mato Grosso, esta não foi significativa a ponto de elevar em maior nível a média estadual.
Preços da semana
A média semanal da arroba do boi gordo à vista negociado no Estado registrou alta de 0,10%, ficando a R$ 84,06. Quanto à média da arroba da vaca à vista, esta fechou a semana com queda de 0,93% com relação à semana anterior, encerrando cotada a R$ 77,70.
Noroeste: a média semanal desta região continua registrando queda. Nesta semana o registro foi de 0,71% de desvalorização, com a arroba do boi à vista cotada a R$ 83,25.
Norte: no norte do Estado a arroba ficou com média semanal de R$ 84,37, caindo 0,63% com relação à semana anterior, quando estava cotada a R$ 84,90.
Nordeste: nesta porção do Estado a arroba reagiu e terminou a semana com registro de alta de 0,41%. A média encerrou cotada a R$ 82,77, registrando variação positiva de R$ 0,34/@.
Médio-Norte: a arroba do boi gordo registrou nova queda de 0,30%, com relação à semana precedente. A cotação encerrou com a arroba a R$ 84,27.
Oeste: a região Oeste terminou a semana com a arroba do boi gordo valorizada em 0,63% com relação à semana anterior, a média ficou registrada em R$ 84,64/@ e a variação foi de R$0,53/@ a mais do que a media precedente, quando a arroba estava cotada à R$84,11.
Centro-Sul: diferentemente da maioria das outras macro-regiões, o Centro-Sul do Estado obteve alta no preço médio da arroba do boi gordo de 1,08% na última, finalizando a semana cotada a R$ 85,80/@. Com negócios realizados a R$ 85,00/@ em Tangará da Serra, no último dia 23.
Sudeste: na região sudeste o preço médio da arroba do boi gordo variou leve e negativamente em 0,03% ficando cotada a R$ 83,76, equivalendo a uma movimentação de R$ 0,03 a mais do que na semana anterior. Em Barra do Garças houve registro com a arroba sendo negociada a R$ 83,00 à vista, no dia 24 de fevereiro.
Reposição
Desde o final do ano passado a novilha de 18 meses vem se desvalorizando, acompanhando o ritmo de queda da arroba da vaca gorda. Em janeiro a arroba da vaca à vista terminou o mês cotada a R$ 80,75, abrindo o ano de 2012 com queda de 1,5%, com relação a dezembro. Assim como a novilha, que registrou queda de 0,6%, ficando com média de R$ 620,92/cabeça. Até agora, o preço médio destes dois segue em queda, com a novilha a R$ 611,78/cabeça e a vaca gorda a R$ 79,06/@, baixa de 0,6% e 1,5% no mês, respectivamente.
A menor procura por fêmeas e a grande oferta delas no ano passado refletiram na queda de suas cotações. Tanto o preço da arroba da vaca gorda quanto o da novilha se encontram, em média, 4% menores do que o observado no mesmo período de 2011.
Relação de troca
O farelo de soja, importante insumo na formulação da ração animal, sofreu desvalorização em comparação com o mês de fevereiro do ano passado. Com base no município de Rondonópolis, o subproduto da oleaginosa atualmente está precificado a R$ 609,17/tonelada, alta de 1,35% para o mês de fevereiro do ano passado, quando era negociado a R$ 617,5/tonelada. A relação de troca para o pecuarista este ano está 6,75% maior, passando de 6,73 @ para 7,19 @ necessárias para a compra da tonelada do farelo.
Com isso, mesmo com a queda no preço do farelo, o poder de compra do pecuarista se desfavorece em razão do maior recuo do preço do boi gordo, que passou de R$ 91,69/@ em fevereiro de 2011 para R$ 84,73/@ neste ano. O pecuarista só alcançaria a mesma relação de troca anterior se a arroba subisse para R$ 90,45.
Fonte: IMEA

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