Analistas projetam cotações ainda mais altas para o boi gordo até o final deste ano, mesmo com a entrada do produto de confinamento, que aumenta a oferta de gado para abate. Por enquanto, a alta nos preços chega com menor intensidade ao consumidor final do que nos frigoríficos. Porém, a indústria teme que a carne bovina perca espaço se a valorização continuar.
Os preços da carne bovina estão ficando mais altos no açougue. O IPCA-15, prévia da inflação oficial, mostra que, de 15 de julho até 15 de agosto, o valor médio ficou 1,36% maior.
Consultorias confirmam a tendência. Segundo a Scot Consultoria, só na última semana, a alta foi de 4% no varejo paulista. Já é um repasse do aumento no atacado, que foi de 3% no período.
A demanda por carne bovina no varejo continua em alta. Porém, os preços no atacado tendem a subir ainda mais. Os frigoríficos já admitem que novos ajustes devem ser repassados para o consumidor final e temem perder mercado com isso.
A alta que preocupa os frigoríficos não surpreende o analista de mercado José Vicente Ferraz, diretor da AgraFNP. Ele compara os preços atuais com os patamares de 2008, quando a arroba do boi gordo chegou a ser negociada acima de R$ 100 no mercado futuro. E lembra que, há dois anos, os preços se recuperavam em baixas históricas. Hoje, a situação é diferente.
A partir da segunda quinzena de setembro, a oferta de carne bovina deve aumentar, com a entrada do gado de confinamento no mercado, mas nem isso deve segurar a alta dos preços.
Fonte: Canal Rural
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