sábado, 4 de setembro de 2010

Pecuária de Corte:Para CNA a escassez de gado pode ser maior que previsto.

Para Antenor Nogueira serão necessários 4 ou 5 anos para recuperar patamares de 2004/2005.

Antenor Nogueira Fórum Nacional Permanente da Pecuária de Corte da CNA, Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil, relaciona a escassez de gado ao abate excessivo de fêmeas "O abate excessivo de fêmeas, há cerca de três anos, é a principal causa da falta de gado para atender à demanda de carne neste período de entressafra".
O consumidor é o maior prejudicado. No Mato Grosso do Sul, por exemplo, enquanto o valor da arroba do boi pago ao produtor teve um aumento de 5,95%, a carne está chegando até o consumidor sul-mato-grossense em média 20% mais cara.
Segundo Nogueira, não há previsão para que o cenário mude em relação à falta de boi para o abate. Mesmo que a variação na oferta de gado seja cíclica, serão necessários outros quatro ou cinco anos para recuperar patamares já atingidos na reserva de gado. O rebanho nacional, que chegou a cerca de 206 milhões de cabeças há cinco anos, fica hoje em torno de 180 milhões de cabeças, calcula. "O percentual de abate de fêmeas chegou a 47% há cinco anos, sendo que atualmente fica em torno de 27%", compara, justificando que o produtor foi levado a se desfazer das matrizes para compensar a pior crise vivida pelo setor em 50 anos.
Para o dirigente, a recuperação será em longo prazo e passa pela criação de linhas específicas de crédito voltadas para a retenção de matrizes.

Fonte: CNA

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