A Associação Brasileira de Frigoríficos (ABRAFRIGO) assinou no dia 16 de setembro último acordo histórico com a Associação Nacional da Carne (ANC), entidade que representa as empresas russas. O sucesso da missão brasileira em Moscou, composta pelo Presidente Executivo Péricles Salazar e pelo diretor da área internacional da ABRAFRIGO, Thomas Kim, resultou em um acordo de cooperação entre a entidade e a associação russa, cujo diretor-executivo é o Dr. Serguey Yuschin, que prevê, dentre outras, a manutenção e ampliação do leque de fornecedores brasileiros de carne bovina, incluindo os pequenos e médios frigoríficos. Isso porque a cota de entrada do produto neste ano, por exemplo, é superior a 950 mil toneladas, e o Brasil deverá ser responsável por uma fatia na ordem de 550 mil toneladas. A comitiva da ABRAFRIGO contou com a presença do Dr. Inácio Kroetz, ex-Secretário de Defesa Agropecuária, do Ministério da Agricultura.
“Este acordo representa um grande avanço na relação institucional entre os agentes públicos e privados dos dois países. Além da inclusão desses frigoríficos na lista de estabelecimentos brasileiros habilitados, as relações comerciais no setor de carne bovina entre os dois países tende a se disciplinar”, afirma Péricles Salazar. Com o acordo, também está previsto o intercâmbio de informações sobre mercados da Rússia e do Brasil, troca de experiências, harmonização de procedimentos, e uma compreensão mais profunda das normas veterinárias da Rússia.
Principal importador da carne bovina brasileira desde 2004, a Rússia está em busca de carne com preços menores que os praticados na União Européia, devido ao forte crescimento da indústria de fast food, capitaneada pela rede McDonald’s. Atualmente, a maior parte da carne do hambúrger consumido pelos russos vem do Mercosul, tendo como maior fornecedor o Brasil, por apresentar baixa contaminação e boa padronização. Com isso, o Brasil vem diminuindo sua dependência dos tradicionais compradores de carne bovina, exportando não apenas as partes nobres do boi. Isso tem proporcionado a conquista de novos mercados. E, de fato, a Rússia, deve se firmar como um dos principais importadores mundiais de carne bovina, pois sua produção cresce apenas 3% ao ano, enquanto o consumo avança 10%.
FONTE: As informações são da assessoria de imprensa da Associação Brasileira de Frigoríficos (ABRAFRIGO).
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