“Os números mostram o que vem acontecendo desde junho de 2009, quando as exportações foram voltando ao normal depois da crise do final de 2008. Naquele período a crise foi de crédito e não de demanda onde os países queriam comprar, mas não podiam”, analisou o superintendente da Associação dos Criadores de Mato Grosso (Acrimat), Luciano Vacari. Ele observou “que os grandes compradores estão voltando, como a Rússia, Venezuela, Oriente Médio e a União Europeia”.
O Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea) analisa que o aumento no valor nominal das exportações é justificado por duas situações, como a valorização do preço pago pela carne e a retomada do volume importado pela União Europeia.
O levantamento de dados mostra que a UE, que desde dezembro de 2009 não importava um volume superior a 1 mil toneladas de equivalente carcaça (TEC), no mês passado atingiu os 1,26 mil TEC, apresentando um incremento de 42% em relação ao mês de julho. O Oriente Médio e a Rússia continuam tendo participação fundamental nas exportações mato-grossenses, onde juntas, geraram no mês de agosto, US$ 46 milhões, representando assim 66% do total da carne exportada. O Oriente Médio e a Rússia continuam sendo os dois destinos com os maiores shares (mercados) das exportações de Mato Grosso, representando respectivamente 35% e 27%.
Para o superintendente da Acrimat, “Mato Grosso tem todas as condições de se consolidar um grande exportador de carne bovina para o mundo, pois tem qualidade e volume de produção, o que seus grandes concorrentes, como Argentina, Austrália, Nova Zelândia e Estados Unidos, não têm, pois cada um desses países vêm enfrentando diversos problemas, seja de seca ou restrição de oferta” .
Fonte: Diário de Cuiabá
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