Alimentação em abundância, exportações de animais vivos, e crédito farto estimularam os negócios
A temporada de venda de gado para reposição no Rio Grande do Sul termina com recuperação de liquidez e preço ao nível de 2008, quando a pecuária atravessava bom momento e antes da seca que afetou o outono passado. Alimentação em abundância, exportações de animais vivos, que ajudaram a equilibrar o mercado, e crédito farto estimularam os negócios. O resultado foram preços médios 9,1% superiores para terneiros (R$ 3,00) e 8,3% para terneiras (R$ 2,74) em relação a 2009. O maior rigor da Secretaria da Agricultura na cobrança de regras zootécnicas e sanitárias que vinham sendo descumpridas em anos anteriores também deu um up grade em pista.
Apesar do resultado positivo, o circuito vendeu menos. De acordo com levantamento do Correio do Povo nas 61 feiras e remates particulares oficializados pelo governo estadual, foram vendidos 50.639 terneiros, terneiras e vaquilhonas por R$ 28,88 milhões. No ano passado, o faturamento foi de R$ 31,17 milhões para 60.124 animais em 62 eventos agropecuários.Uma das explicações para a retração de oferta de quase 9,5 mil exemplares é que dos leilões previstos, oito foram cancelados porque parte dos inscritos não atendeu a exigências técnicas como atestados negativos para brucelose e tuberculose ou peso mínimo. A outra, de maior peso, é econômica. Segundo o presidente do Sindicato dos Leiloeiros do Rio Grande do Sul (Sindiler), Jarbas Knorr, pecuaristas capitalizados e com pasto de sobra retiveram os animais para vendê-los mais à frente como novilhos de sobreano ou optaram por realizar o ciclo completo. "Vendeu quem tinha de fazer dinheiro de imediato, os mais capitalizados irão reinvernar os animais". Pecuaristas acrescentam a redução de fêmeas em cria como provável fator o enxugamento.
Ao avaliar positivamente o outono, o presidente da Comissão de Exposições e Feiras da Farsul, Francisco Schardong, projeta mercado aquecido para touros e fêmeas na temporada de primavera a partir de setembro. Segundo Schardong, com a oferta de boi gordo escassa, há tendência de elevação de preço nos próximos meses. Nesta semana, a cotação subiu 1,21% de R$ 2,49 para R$ 2,52 conforme a Emater
FONTE: CORREIO DO POVO
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