segunda-feira, 29 de novembro de 2010

Boi gordo: indicador fecha a semana valendo R$ 109,35/@

Nesta sexta-feira, o indicador Esalq/BM&FBovespa boi gordo à vista foi cotado a R$ 108,78/@, com variação negativa de R$ 0,10. O indicador a prazo registrou alta de R$ 0,32, sendo cotado a R$ 109,35/@. Mesmo com a forte pressão por parte dos frigoríficos, na semana a variação foi positiva (+0,29%).
Tabela 1. Principais indicadores, Esalq/BM&FBovespa, relação de troca, câmbio



Na BM&FBovespa, o primeiro vencimento, novembro/10, que será liquidado amanhã, fechou a R$ 108,04/@, com valorização de R$ 0,33. Já os contratos que vencem em dezembro/10 apresentaram movimento inverso, caindo para R$ 97,65/@, com retração de R$ 0,59.
Tabela 2. Fechamento do mercado futuro em 26/11/10


Gráfico 1. Indicador Esalq/BM&FBovespa boi gordo à vista x contratos futuros para dezembro/10

No Rio Grande do Sul, pecuaristas questionam o aumento de até 50% no preço dos cortes nobres de carne bovina praticado pelo varejo nos últimos 40 dias. A principal argumentação é que o mesmo repasse não chega dentro da porteira.
Conforme o consultor de pecuária de corte da Farsul, Fernando Adauto, o reajuste ao produtor não passou de 10% no mesmo período. "Para nós, não houve este aumento que o varejo está praticando. O preço não está ruim, mas é mais ou menos o mesmo do ano passado. Isso não se justifica", critica. Conforme o último levantamento conjuntural da Emater, entre 28 de outubro e 25 de novembro, a média do quilo vivo passou de R$ 2,75 para R$ 2,96, representando uma alta de 7%. "Não posso concordar que a carne subiu tanto. O varejo está especulando", afirma Adauto.
O vice-presidente da Farsul, Gedeão Pereira, reconhece que a oferta de gado é menor do que há alguns meses devido à seca e à dificuldade com as pastagens de inverno. No entanto, acredita que o incremento praticado pelo varejo não se justifica.
No atacado paulista, o traseiro foi cotado a R$ 8,70 (-R$ 0,10), o dianteiro a R$ 4,50 (-R4 0,30) e a ponta de agulha a R$ 5,30 (-R$ 0,10). Diante desses recuos, o equivalente físico foi calculado em R$ 99,30/@, com desvalorização de 2,62%, na semana o recuo chegou a 5,81%. O spread (diferença) entre indicador e equivalente voltou a subir, ficando em R$ 9,48/@.
Gráfico 2. Indicador Esalq/BM&FBovespa boi gordo à vista x equivalente físico


Na reposição, o indicador Esalq/BM&FBovespa bezerro MS à vista foi cotado a R$ 722,79/cabeça, com valorização de R$ 3,85. A relação de troca recuou para 1:2,48.

FONTE: André Camargo, Equipe BeefPoint

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