A campanha de imunização contra a febre aftosa, prevista para terminar hoje, será prorrogada até 15 de dezembro. O pedido da Secretaria da Agricultura (Seappa) e da Superintendência do Ministério da Agricultura no Estado (Mapa/RS) foi aprovado ontem pelo Departamento de Saúde Animal (DSA) do Ministério da Agricultura (Mapa). O período concedido segue o exemplo de estados como Mato Grosso, Amazonas e Acre, que também tiveram a extensão concedida. De acordo com o chefe do Serviço de Sanidade Agropecuária do Mapa/RS, Bernardo Todeschini, a medida será válida para todos os municípios do Estado, que havia pedido dez dias corridos, "Desta forma, é mais fácil e homogêneo para trabalhar", afirma.
A solicitação foi encaminhada por conta de um atraso na entrega das doses aos produtores beneficiados pelo Pronaf e em algumas agropecuárias. Porém, criadores que encontraram dificuldades para adquirir o medicamento ou estiverem atrasados poderão aproveitar o período para também imunizar o rebanho. "A quantidade de doses que faltou não compromete a campanha", destaca o chefe do Serviço de Doenças Vesiculares da Seappa, Fernando Gröff. De acordo com o diretor do DSA, Jamil Gomes de Souza, a prorrogação não interfere no controle da circulação do vírus, apenas dos animais. "Os bovinos de até 24 meses devem esperar 15 dias após a vacinação para serem movimentados. Já os de mais idade, sete dias", explica.
O assessor de Política Agrícola da Fetag, Airton Hochscheid, comemora a decisão. "É fundamental porque os criadores estavam sem a vacina", frisa. A federação havia levado o tema para debata na Seappa há 15 dias. Conforme Hochscheid, a preocupação é com os municípios que não fazem fronteira, colocados em segundo plano na distribuição da primeira leva das doses. O diretor da Farsul, Fernando Adauto, afirma que a maioria dos pecuaristas empresariais já imunizou o rebanho e que a medida não tem grande efeito nestes casos.
FONTE: CORREIO DO POVO
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