O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) acatou o pedido de prorrogação ao período de vacinação contra a febre aftosa em todo Mato Grosso. Com o deferimento, a Diretoria Técnica do Instituto de Defesa Agropecuária do Estado (Indea/MT) foi informada de que ao invés do término da campanha na próxima terça-feira, dia 30, as doses contra a doença, assim como a comunicação da vacinação, poderão ser realizadas até o dia 15 de dezembro. O pleito da Famato era de uma dilatação até 31 de dezembro.
Os pecuaristas do Estado, por meio da Federação da Agricultura e Pecuária (Famato), protocolaram um documento no início deste mês junto ao Indea/MT, reivindicando um prazo maior para a vacinação. O pedido demandava aval do Mapa, pois a instituição é a responsável pela vacinação em todo país. Mato Grosso detém o maior rebanho bovino do Brasil, com 27,35 milhões de cabeças, volume confirmado nesta semana pelo IBGE.
As confirmações da vacina deverão ser comunicadas em qualquer uma das 138 Unidades de Locais de Execução do Indea/MT, espalhadas pelo Estado. Para os pecuaristas da região de fronteira e no Pantanal Mato-Grossense o prazo final de comunicação continua até o dia 17 do próximo mês.
O diretor de relações institucionais da Famato, Rogério Romanini, informa que a medida tomada atende ao pedido dos produtores rurais que entraram em contato com a entidade. Os pecuaristas relataram que o longo período de seca dificultou a vacinação. A chuva ainda não foi suficiente para recompor as pastagens. Além disso, com as águas, o manejo do gado ficou mais difícil e acarretou estresse nos animais.
Se a vacinação não for confirmada dentro do prazo previsto, o pecuarista fica sujeito às sanções administrativas e pecuniárias, como por exemplo, proibição de transitar animais pelo dobro do tempo que ficou sem comunicar, pagar multa de R$ 74,25 por animal não-vacinado e não ter acesso à Guia de Trânsito Animal (GTA).
O presidente do Indea/MT, Valney Sousa Corrêa, observa que a prorrogação do prazo da vacinação é fundamental para os produtores, que estavam preocupados com o bem estar dos seus animais, "que em função de um longo período de seca estavam muito sofridos. Assim, esse prazo um pouco mais estendido vai beneficiar tanto os produtores como o Estado, pois certamente o índice de 100% de cobertura vacinal será atingido".
A etapa de novembro é a mais importante entre as três que são executadas no Estado, porque abrange animais de todas as idades, como é popular no campo, "animais de mamando a caducando". A campanha teve início no dia 1º.
FONTE: Diário de Cuiabá, resumidas e adaptadas pela Equipe BeefPoint.
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