terça-feira, 30 de novembro de 2010

Novembro seco reduz nível do rio Uruguai

O déficit de chuvas em novembro prenuncia dificuldades para a agropecuária de Uruguaiana e região. Segundo o sargento meteorologista do Aeroporto Internacional Rubem Berta, Anderson Biassus da Silva, houve precipitação apenas em quatro dias deste mês (9, 23, 24 e 28), somando 15,5 milímetros, quando a média histórica do período, de acordo com a Emater, é de 105 milímetros. Um contraste com as chuvas registradas em novembro de 2009, que totalizaram 698,4 mm.
Na área rural, o volume oscilou entre 10 mm e 35 mm. O índice amenizou, sem solucionar, o quadro da lavoura de arroz, que utiliza prematuramente reservas hídricas. Campos nativos queimados provocam a perda de peso dos bovinos. A baixa umidade relativa do ar ocasiona processos alérgicos e bronco-respiratórios. De acordo com João Carlos Battassini, agrônomo da Emater, a partir de hoje até 31 de março não se pode pensar em produzir hortaliças a céu aberto.
Ontem à tarde, o rio Uruguai media 2,14 metros, o nível mais baixo do triênio nesta época, conforme a Delegacia Fluvial. No ano passado a marca foi de 8,86 m e, em 2008, de 3,20 m. As margens estão crestadas, revelando milhares de conchas esparramas pela costa. O ambientalista Juraci Luques Jacques, presidente da Comissão Binacional dos Recursos Naturais Renováveis, atribuiu a mortandade ao binômio desequilíbrio e poluição.

FONTE: Correio do Povo

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