quarta-feira, 30 de junho de 2010

Uruguai fará campanha para melhorar rastreabilidade

Com o apoio de entidades rurais, o Ministério da Pecuária, Agricultura e Pesca (MGAP) do Uruguai está lançando, na primeira quinzena de julho, um programa de capacitação para evitar que, devido a erros de produtores, operadores e da secretaria de Estado perca-se a rastreabilidade dos bovinos.

A cada ano estão sendo rastreados 2,5 milhões de bovinos, desde 2006 quando se instalou a lei de rastreabilidade obrigatória dos bovinos no Uruguai. A meta é chegar em julho de 2011 com todo o rebanho inscrito no sistema.

Para poder cumprir essa meta, acaba de ser cumprida a primeira de três reuniões entre o ministro, Tabaré Aguerre, e quatro entidades: Cooperativas Agrárias Federadas, Associação Rural do Uruguai, Federação Rural e Comissão Nacional de Fomento Rural.

"Convidamos as entidades a conhecer o suporte informatizado que há por trás do Sistema Nacional de Identificação Pecuária (SNIG, sigla em espanhol), que é o suporte da rastreabilidade e para discutir os problemas que a rastreabilidade teve", disse Aguerre.

O ministro recordou que o Uruguai tem o único sistema de identificação obrigatória de bovinos que existe no mundo e garantiu que é por isso que busca melhorá-lo com o apoio das entidades. Por outro lado, o presidente da Associação Rural do Uruguai, Manuel Lussich, valorizou o compromisso de Aguerre de tratar de solucionar os problemas para evitar que mais gado se perca da rastreabilidade e se mostrou satisfeito porque atendeu à reclamação das entidades de produtores.

Segundo Lussich, por um lado, os produtores precisam "ter um retorno da informação para que, em vez de tirar de circulação um formulário que tem erros, o pecuarista se informe e possa corrigir os erros". Por outro lado, os usuários precisam trabalhar em conjunto com o MGAP na solução dos problemas.

A encarregada do SNIG, María Nela González, recordou que essa ferramenta nasceu em 2003 como uma alternativa básica para a vigilância epidemiológica da febre aftosa. "Foi uma ferramenta de um projeto emergente para o controle da doença e hoje é um projeto inovador com a tecnologia consistente com a realidade pecuária do país e se converteu em uma ferramenta para uso e monitoramento dos movimentos dos animais, onde se pode acompanhar em tempo real".

Fonte: El País, adaptado pela BeefPoint

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