Agregar valor ao produto, mudando completamente o perfil de negociação, com uma melhor rentabilidade e foco no mercado europeu, foi o motivo que levou os proprietários da Granja Quatro Irmãos, de Rio Grande, a buscarem o certificado de rastreabilidade bovina para o rebanho de cerca de 10 mil cabeças. A propriedade, que possui a maior área contígua do Estado, após auditorias da Emater/RS-Ascar e do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), espera agora apenas a vinda da aprovação de Bruxelas (Bélgica), para, enfim, poder comercializar a carne na Europa.
A Emater/RS-Ascar, desde 2005, é certificadora desse sistema, através do Serviço de Ratreabilidade da Cadeia Produtiva de Bovinos e Bubalinos (Sisbov). O gerente de pecuária de corte da propriedade, Marcelo Brandi Vieira, destaca o empenho da Instituição nesse processo. “A qualidade da prestação do serviço e do apoio técnico que a Emater prestou foram excelentes, a equipe de Rio Grande, representada pelo extensionista Edson Reis, merece destaque durante todo o processo de certificação”, disse.
A rastreabilidade é um conceito que surgiu devido à necessidade de saber em que local um produto se encontra na cadeia logística, sendo também muito usado em controle de qualidade. O rastreamento é um instrumento fundamental quando a globalização torna muito difícil a identificação da origem das matérias-primas e das circunstâncias em que se realiza a produção dos alimentos. Esta indicação permite ainda, no caso de surgir um problema de saúde pública, identificar todo o lote contaminado e, se necessário, retirá-lo do mercado, bem como, definir a responsabilidade de cada um dos intervenientes na produção. Permite, assim, uma intervenção rápida por parte das autoridades competentes.
O emprego desta técnica na bovincultura permite a identificação, coleta, controle e processamento de dados, necessários para o acompanhamento de todos as ocorrências e movimentações na vida do animal. Esse procedimento permite identificar a carne, associando este produto aos animais geradores, identificando seu manejo e seu animal produtor.
A extensionista da Emater/RS-Ascar de Pelotas, Sônia Desimon, afirma que “a rastreabilidade é um sistema organizacional de informações que facilita a gestão da propriedade. Dentro de um sistema bem controlado e organizado, mesmo em grandes propriedades, é possível se acessar essa tecnologia”.
Atualmente, as plantas frigoríficas exportadoras do Estado estão bonificando os animais rastreados. Uma carcaça de bovino rastreado, que pese até 240kg recebe uma bonificação de R$80,00 e, acima desse peso, a bonificação é de R$100,00. Esse é um incentivo dado para o produtor usar o sistema de rastreabilidade, pois, além do benefício de gestão, também será beneficiado financeiramente. As informações são de assessoria de imprensa.
FONTE: Agrolink
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