nverno e entressafra, quase sempre, são sinônimos de aquecimento do preço do boi, mas, este ano, a valorização está sendo surpreendente. No Rio Grande do Sul, o preço aumentou de R$ 2,65 para R$ 2,80 e até R$ 3,00 o quilo vivo, puxado por um abate maior para atender a um consumo interno crescente. Com a redução da oferta de gado, em junho, já está faltando animais nos frigoríficos. Depois de um ano difícil para os criadores, o preço está recuperando patamares de 2008. O preço do boi “está galopando para superar os R$ 3,00”, diz Francisco Schardong, diretor da Farsul. A Scot Consultoria confirma mercado em alta e oferta restrita em São Paulo e no Brasil Central. Já o IBGE informa que os abates, no País, no primeiro trimestre, chegaram a 7,075 milhões de animais.
Frigoríficos
Por falar em boi e abates, todos os mais de 800 frigoríficos do Rio Grande do Sul podem se inscrever no Programa Agregar, da Secretaria da Agricultura, que reduz o ICMS de 7% para 2,5% na comercialização da carne. As inscrições foram reabertas para o segundo semestre. Até agora, o programa não tem conseguido a adesão de mais do que 100 frigoríficos e, destes, apenas cinco de caráter municipal. A explicação de Hermes Ribeiro de Souza Filho, diretor do Agronegócio da secretaria, é a de que, para participar do programa, a empresa precisa estar e agir legalizada, o que muitos abatedouros não conseguem porque praticam abate clandestino, isto é, não pagam imposto algum, mas também não são inspecionados, fiscalizados e não oferecem as condições de higiene necessárias ao consumo de carne. Por isso, produtores e autoridades pedem ao consumidor: “Não compre carne de abate clandestino. Fará bem para sua saúde, para a economia do setor e para os cofres públicos.”
FONTE: JORNAL DO COMÉRCIO
Nenhum comentário:
Postar um comentário