quinta-feira, 24 de junho de 2010

ARG: UE reclama do não cumprimento da cota Hilton

As consequências do não cumprimento da cota Hilton 2009/10 não tardarão em chegar e os compradores europeus começam a reclamar com os exportadores argentinos que respeitem os contratos de venda, pelos quais a Argentina deixaria de receber cerca de US$ 150 milhões.
Durante a semana passada, as associações de pecuaristas da Irlanda, Alemanha, Espanha, França e Inglaterra levaram notas à Comissão Europeia para que avalie a situação da Argentina, que poderia derivar em alguma sanção efetiva. Os compradores reclamam que se deixe de fora a Argentina da distribuição da cota Hilton e que os importadores decidam livremente se compram ou não dos frigoríficos argentinos.
Embora os frigoríficos argentinos não achem que será tomada medida efetiva de sanção contra o país, a maioria deles recebe diariamente pelo menos dois chamados de clientes europeus reclamando a falta de envio de produtos. Segundo fontes do setor exportador local, do ciclo comercial que termina no fim do mês, se chegariam a enviar cerca de 60% do contratado (cerca de 17 mil toneladas da cota de 28 mil toneladas).
Os frigoríficos já prevêem que pelo menos haverá repercussões negativas em todas as negociações internacionais que a Argentina faça com a Comunidade Europeia sobre o assunto carnes. Nesse contexto, espera-se para o próximo período uma depreciação dos cortes locais e um aumento no valor da cota, de menor qualidade, do Uruguai e do Brasil. Isso prejudicará notoriamente os frigoríficos que participarão da cota de 2010/11.
Além disso, a Argentina também não poderá no momento solicitar uma ampliação da cota atual nem ter acesso no momento à cota de Feedlots, que a União Europeia (UE) está começando a outorgar a países como Estados Unidos a valores muito maiores do que os envios Hilton.
Por outro lado, outra consequência imediata para as empresas locais é o pagamento de tarifa plena que se realiza sobre cada tonelada que se exporte fora da cota Hilton. Nesse sentido, as empresas garantem que os impostos são de US$ 3.000 por tonelada que beneficiam o fisco europeu.

FONTE: Infocampo, traduzida e adaptada pela Equipe BeefPoint.

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