sábado, 26 de junho de 2010

BOI: preço dispara

O mercado brasileiro de boi gordo caminha para o final de junho com oferta ajustada para atender a demanda. As escalas de abate de modo geral estão curtas e os frigoríficos tentam elevar preços na tentativa de absorver ofertas regionais.
Em São Paulo, o Minerva, de Barretos, que no início da semana pagava R$ 80,00 na arroba do boi gordo proveniente do estado, livre, para pagamento em 30 dias, fez negócios a R$ 81,00 nessa quinta-feira (24). “O problema é que as oferta regional ainda se mostra muito baixa, em contraste com a demanda, que tende a continuar sustentada na virada de junho para julho. Além dos jogos do Brasil na Copa do Mundo, que geram uma potencial demanda pontual a cada semana, o mercado está diante da demanda normal de virada de mês, decorrente do pagamento de salários”, comenta o analista de Safras & Mercado, Paulo Molinari.
Conforme o analista, mesmo pagando mais os frigoríficos não estão conseguindo alongar as escalas de abate. A oferta remanescente de boi de pasto é pouca e também não há oferta de gado confinado suficiente para atender a demanda interna, o que na sua opinião tende a fazer com que a oferta nessa virada de mês possa se mostrar ainda mais ajustada em relação ao consumo do que em maio.
Por conta da retração na oferta, a arroba do boi terminou essa quinta-feira (24), cotada a R$ 81/84,00 livre de Funrural, para pagamento em 30 dias, no mercado paulista, contra R$ 80/83,00 da semana anterior. Em Mato Grosso do Sul, preços oscilaram entre R$ 77/80,00 livre, para pagamento em 30 dias, contra R$ 77/78,00 da última quinta-feira (10).
No atacado paulista da carne bovina, os cortes casados de traseiro e dianteiro foram cotados a R$ 6,40 x 4,30 nessa quinta-feira contra R$ 6,10 x 4,10 da semana anterior.
“A alta é conseqüência de uma virada de mês de entressafra. O mercado sentiu o impacto da retração das escalas e da escassez de oferta de carne com osso nos frigoríficos”, comenta Molinari. Na sua avaliação, essa situação só deve inverter se as escalas de abate nos frigoríficos, hoje restritas a três/quatro dias, forem fechadas para a próxima semana, sem que haja nova alta de preço no boi.

FONTE: SAFRAS & MERCADO

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