segunda-feira, 21 de junho de 2010

BOI: Demanda acomodada freia preços da carne bovina no atacado

A oferta de animais para abate apresenta melhora, mas ainda assim segue ajustada ao consumo interno, o que impede uma maior pressão sobre as cotações no mercado físico.
"Os frigoríficos de modo geral estão com escalas para quatro a cinco dias, mas se essas escalas não melhorarem a partir do dia 23 o perfil de preços do boi e do atacado para a virada de mês será de altas mais relevantes tendo em vista que atacado e varejo estão trabalhando com estoques mínimos", comenta Paulo Molinari, analista de SAFRAS & Mercado.
Molinari observa que se a oferta de maio para junho foi ajustada ao consumo e gerou movimentos de altas mais acentuadas, não será na virada de junho para julho que essa oferta estará disponível em grandes volumes.
"A oferta na próxima virada de mês e de julho para agosto tende a ser bem ajustada, o que pode gerar movimentos de altas mais acentuadas no boi gordo", antecipa o analista.
O mercado também tem suporte na difícil relação de troca. Molinari explica que como os preços do bezerro não baixam, não há melhoria nas condições de troca.
Um aspecto que na opinião do analista traz otimismo ao setor nesse momento é o mercado externo. Conforme Molinari, a confirmação dos números de exportação de maio mostrou que este foi o melhor resultado desde outubro de 2008, refletindo que há demanda externa satisfatória para a carne bovina brasileira, desde que o Brasil consiga ter preços competitivos.
Preços praticados para o boi gordo no mercado paulista terminaram a quinta-feira em R$ 80/83,00 arroba, livre de Funrural, para pagamento em 30 dias, patamar que repete a semana anterior. Em Mato Grosso do Sul, preços oscilaram entre R$ 77/78,00 livre, para pagamento em 30 dias, contra R$ 77/79,00 da última quinta-feira (10).
Levantamento de SAFRAS & Mercado em onze praças do país indicou preço médio de R$ 76,37 arroba, livre, na semana, para pagamento em 30 dias, contra R$ 76,67 da semana anterior (10/06).
Já a carne bovina chegou a ser negociada R$ 6,50 quilo do traseiro, patamar recorde para junho, mas como a segunda quinzena do mês é de acomodação da demanda, isso gerou algum freio nos preços. Os cortes casados de traseiro e dianteiro foram cotados a R$ 6,10 x 4,10 nessa quinta-feira (17) contra R$ 6,20 x 4,40 da semana anterior (10/06).

FONTE: PORTAL DO AGRONEGÓCIO

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