Dados oficiais confirmaram o fechamento virtual das exportações aplicado pelo secretário do Comércio Interior da Argentina, Guillermo Moreno, em meados de março: em abril desse ano, as exportações de cortes frescos de carne bovina não Hilton foram de apenas 5.375 toneladas, 77% a menos que no mesmo mês de 2009.
Dessa forma, segundo dados dos registros do Nacional de Sanidade e Qualidade Agroalimentar (Senasa), no primeiro quadrimestre de 2010 as exportações argentinas de cortes resfriados e congelados bovinos não Hilton foram de 60.010 toneladas contra 90.936 toneladas no mesmo período de 2009 (-34%).
No começo de maio, os representantes dos principais frigoríficos exportadores que operam no mercado argentino comunicaram a Moreno que aplicariam um fechamento massivo de plantas industriais se persistissem as restrições para exportar (veja matéria relacionada: http://www.beefpoint.com.br/?noticiaID=62757&actA=7&areaID=15&secaoID=166). Moreno, então, ofereceu um acordo, vigente desde meados do mês passado, que contempla uma cota exportável de cortes frescos não Hilton de no mínimo 20.000 toneladas mensais em troca de os principais frigoríficos distribuírem no mercado interno um determinado volume semanal de carcaças a preços oficiais "sugeridos". A partir de então, começaram a ser regularizados os embarques de cortes frescos (veja matéria relacionada).
Assim como se estimou em abril, os envios da cota Hilton 2009/10 caminham em direção a um não cumprimento recorde por causa do atraso de nove meses e meio na adjudicação da cota correspondente a esse ciclo. Os dados do Senasa mostram que, nos primeiros dez meses do ciclo de 2009/10 (julho de 2009 a março de 2010), as exportações argentinas de cortes Hilton com destino à União Europeia (UE) foram de apenas 15.562 toneladas, ou seja, em 83% do prazo para cumprir a cota foram exportadas 45% da mesma.
As exportações argentinas de produtos de carne processada - emblema de "valor agregado" dentro do âmbito frigorífico - tampouco estão passando por seu melhor momento: em abril, as vendas desses produtos foram de apenas 1.553 toneladas, 36% a menos que no mesmo mês de 2009 e o mais baixo desde maio de 2008 (em pleno conflito do Governo contra o campo).
No que diz respeito aos miúdos, no primeiro quadrimestre de 2010, as vendas foram de 41.458 toneladas contra 51.034 toneladas no mesmo período de 2009 (-19%).
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FONTE: Infocampo, traduzida e adaptada pela Equipe BeefPoint
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