O setor industrial do Paraguai que esteve na assembleia da Organização Mundial de Saúde Animal (OIE) em Paris manifestou sua preocupação pela queda do preço da cota Hilton, em US$ 2.000 por tonelada
Mesmo com a reclamação, a Câmara Paraguaia de Carne (CPC) segue negociando o aumento da colocação do produto paraguaio na União Europeia (UE).
A presidente da CPC, Marys Llorens, bem como o diretor, Roberto Blumenfeld, acompanharam a delegação paraguaia que assistiu a assembleia geral da OIE. Blumenfeld, gerente do Frigomerc, disse que hoje em dia existe uma grande incerteza na questão da cota Hilton, fato que tem motivado uma sensível queda nos preços. Dos US$ 13.500 por tonelada que se negociava até pouco tempo, o preço da tonelada de corte Hilton caiu para US$ 11.500.
Ele disse que são três os fatores que influenciam nessa incerteza dos compradores europeus de carne. Primeiro, o tipo de câmbio, já que, como se sabe, o euro tem caído significantemente frente ao dólar. Outro motivo é a grande oferta de carne existente, especialmente da Argentina, que quer colocar sua carne de cota Hilton a qualquer preço e, ainda assim, não conseguirá completar sua cota. O Paraguai estará cumprindo esse ano com as 1.000 toneladas que possui da cota e, para isso, tem até 3 de junho para embarcar as últimas cargas.
Blumenfeld disse que a queda no preço da cota Hilton "não elimina o sonho, mas preocupa, porque a intenção do Paraguai é seguir crescendo com o fornecimento desse produto de classe "A". As 1.000 toneladas da cota que o Paraguai representam apenas 12 a 13 milhões de dólares de todo o valor obtido pela exportação pelo país no ano.
No entanto, o país segue negociando com os compradores europeus, apesar da dificuldade nesse momento em colocar carne na UE. Questionado se não é um desgaste improdutivo insistir, então, com a ampliação da cota Hilton, Blumenfeld respondeu que não, porque qualquer aumento no envio de carne à UE, especialmente dos cortes Hilton, representa aumentos nas divisas para o país e isso é bom para a economia.
As informações partem do ABC Color Digital, conforme noticiou o BeefPoint.
Fonte: Centro de Inteligência em Genética Bovina
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