quinta-feira, 10 de junho de 2010

Raças desenvolvidas na África são admiradas no Brasil

Amanhã, a bola começa a rolar na Copa do Mundo da África do Sul. Esta semana, o Globo Rural está mostrando as ligações daquele país com a agropecuária do Brasil.
Hoje você vai conhecer duas raças, com boa aptidão de corte, desenvolvidas em fazendas sul-africanas e que começam a fazer sucesso entre os criadores brasileiros.
Bois desenvolvidos para o clima tropical, são fortes e com carne de excelente qualidade. A raça bonsmara encontrou pastos férteis para se desenvolver no Brasil. Os primeiros embriões foram trazidos da África do Sul em 1997.
O nome bonsmara vem da junção de duas palavras, o nome do pesquisador que desenvolveu a raça e a estação experimental onde as pesquisas foram feitas. O bonsmara é resultado de três raças.
Atualmente, 60% do rebanho da África tem alguma influência do bonsmara. No Brasil, a raça tem encontrado fãs, como o criador André Rodini. Ele comprou os primeiros exemplares há oitos anos e tem aumentado o rebanho. “O bonsmara é de aptidão de carne, ele é adaptado ao trópico, tem qualidade de carne, fertilidade, precocidade sexual, ótimos aprumos, o que faz com que ele ande muito bem, atrás de comida e atrás de vaca”, revela.
Satisfeito com as vantagens do bonsmara, André resolveu investir também em outro animal desenvolvido na África do Sul, as ovelhas dorper. Os primeiros animais chegaram à fazenda há seis anos. “O bonsmara está para a bovinocultura o que o dorper está para a ovinocultura. Ambos foram desenvolvidos cientificamente para o mesmo fim, produzir mais, melhor e mais barato”, diz o criador.
A raça dorper foi desenvolvida em 1950 por pesquisadores ligados ao Ministério da Agricultura da África do Sul, em parceria com criadores. Ela é resultado do cruzamento de duas raças. “Se você observar este macho, por exemplo, você vai ver a distância, o comprimento deste animal que é muito bom. Então ele tem uma área de dorso interessante, ao mesmo tempo que ele tem um pernil muito desejado, com bastante carne, a carne nobre do animal e a paleta também com muita carne”, explica André Rodini.
Outra vantagem da raça dorper é o baixo custo de produção. Eles se alimentam basicamente de pasto e como têm uma grande reserva de energia até um pasto mais seco é suficiente.
Mesmo com tantas vantagens ainda há poucos exemplares aqui no Brasil. “Nós acreditamos que em um futuro não muito distante nós teremos uma quantidade de dorpers suficiente no Brasil para podermos comer carne de dorper pura. Isso vai ser uma satisfação muito grande para todos da cadeia”, garante.
O Brasil tem, hoje, cerca de quatro mil criadores da raça dorper.

FONTE: Globo Rural

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