Segundo a Abiec, o impacto dos embargos não deve ser grande, é quase zero
O Brasil é o maior exportador de carne bovina do mundo. Nas últimas semanas, os dois maiores países compradores anunciaram embargos ao produto brasileiro.
O Brasil faturou, no ano passado, US$ 3 bilhões com exportações de carne in natura. O principal destino da carne produzida aqui é a Rússia, que compra 35% de tudo que exportamos. Desde o dia 27 de maio, a Rússia parou de comprar carne de oito grandes frigoríficos do Brasil.
A notícia foi recebida com surpresa pela Abiec - Associação Brasileira da Indústria da Carne.
"Não temos conhecimento do teor, do embasamento técnico, comercial que levou a Rússia a tomar essa decisão", diz Antônio Cançado, diretor executivo da Abiec.
Segundo a Abiec, o impacto não deve ser grande. "O impacto é quase zero. Foram oito unidades suspensas de grandes empresas que podem redirecionar a sua produção para outros estados do país e continua a exportação normalmente para outra unidade".
Depois da Rússia, foi à vez dos Estados Unidos. O país é o maior comprador da carne industrializada do Brasil.
O problema alegado pelos americanos foi a quantidade de Ivermectina encontrada na carne. A Ivermectina é um dos medicamentos veterinários mais usados no Brasil no combate a parasitas.
O lote rejeitado pelos americanos estava com níveis de Ivermectina acima dos permitidos pela legislação dos Estados Unidos. Por causa deste lote, o Ministério da Agricultura resolveu suspender a venda de toda a carne industrializada para aquele país.
Para o Ministério da Agricultura, está havendo uma divergência entre os dois países, quanto à forma de análise da carne.
"Os nossos limites são de pesquisa em fígado. Eles estão utilizando uma metodologia para a pesquisa de músculo para pesquisar em produtos industrializados. Nós não estamos no momento concordando que essa metodologia seja a mais adequada para esse tipo de produto", diz Nelmon Oliveira, diretor de Inspeção de Produtos de Origem Animal do Ministério da Agricultura.
Hoje (07) e também na terça-feira (08), uma missão brasileira vai se reunir, nos Estados Unidos, com representantes do governo norte americano para discutir os métodos da análise da carne.
As informações partem do Globo Rural.
Fonte: Centro de Inteligência em Genética Bovina
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