quinta-feira, 8 de julho de 2010

Argentina busca abrir mercado chinês para carne bovina

O Governo da Argentina buscará nos próximos dias, durante a viagem da presidente, Cristina Fernández de Kirchner, começar a exportar carne bovina a esse país. Atualmente, a Argentina não vende carne bovina à China e, segundo estimativas do setor, em uma primeira etapa, as vendas poderiam alcançar US$ 40 milhões anuais.
Após uma série de negociações de nível público e privado, no ano passado chegaram na Argentina autoridades chinesas para começar a delinear uma missão técnica que fizesse um estudo de risco em que se avaliasse as condições macro-econômicas em que se desenvolve o mercado de carnes argentino, de forma a medir a capacidade de poder produzir o que a China precisa de carne argentina em longo prazo.
Os representantes do Nacional de Sanidade e Qualidade Agroalimentar (Senasa) estiveram na China junto com uma delegação do Ministério das Relações Exteriores avaliando o estado das negociações. Nesse sentido, fontes do Senasa destacaram que "a resposta do serviço sanitário chinês foi que, em pouco tempo, enviarão uma auditoria para visitar plantas frigoríficas de nosso país que desejem enviar sua produção à China".
Uma das condições para chegar ao gigante asiático foi a abertura do mercado nacional à carne suína chinesa, mas isso foi rechaçado, ainda que se tentará solucionar essa diferença, disseram fontes do setor.
O presidente do Instituto de Promoção de Carne Bovina Argentina (IPCVA), Dardo Chiesa, destacou que "a abertura da China é muito importante para a Argentina e que hoje estamos nas vésperas de voltar a abrir esse mercado".
Atualmente, Hong Kong é o primeiro país asiático a comprar miúdos da Argentina, já que importou no ano passado 45.582 toneladas por um valor total de US$ 90,867 milhões. Isso significou uma melhora de 44% e 37%, em volume e em valor, com relação a 2008. Nesse sentido, Chiesa estimou que, se a Argentina abrir o mercado chinês, "as vendas seriam em princípio de US$ 48 milhões".
O diretor executivo da Câmara de Produção, Indústria e Comércio argentino-chinesa, Ernesto Taboada, calculou que "as primeiras vendas chegariam a US$ 30 milhões". No entanto, ele também disse que, atualmente, a China está "buscando aumentar seus rebanhos bovinos através da compra de embriões congelados, que têm um valor de US$ 400 cada um".
As informações partem do ElArgentino.com, conforme noticiou o BeefPoint.

Fonte: Centro de Inteligência em Genética Bovina

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