Município de São Francisco de Assis (RS), um dos destaques, tem faturamento 28% maior que ano passado
A fartura de pasto e a menor oferta de animais neste ano valorizou o preço de terneiros, terneiras e vaquilhonas vendidos em feiras de outono pelo Rio Grande do Sul. Em geral, a média de machos e fêmeas aumentou cerca de 15%. E para a Expointer, lançada oficialmente esta semana, e as feiras de primavera, quando são comercializados ventres e reprodutores, a perspectiva de bons negócios se mantém.
– Como este ano teve muito pasto, que não foi o que ocorreu no ano passado, o produtor só vendeu o que precisava para fazer caixa – explica o presidente do Sindicato dos Leiloeiros Rurais do Rio Grande do Sul (Sindiler), Jarbas Knorr.
Em anos de seca, acontece o contrário. Sem comida, o produtor precisa se desfazer de seus animais, segundo Knorr. A qualidade também interferiu no preço. Com pastagens de sobra, a apresentação dos exemplares – bem mais preparados – agradou aos compradores.
Levantamento feito por Zero Hora, com base em informações fornecidas por sindicatos rurais e leiloeiras, aponta que o circuito de outono em 48 municípios do interior gaúcho movimentou mais de R$ 33,24 milhões para 59.362 exemplares. Dados do Sindiler, que este ano inovou ao fazer um balanço do certame a partir de 51 feiras, apontou a negociação de 48.911 animais, com uma renda de R$ 27,78 milhões.
Mesmo que para a aquisição de gado jovem haja financiamento bancário no outono, Knorr conta que a procura está maior também para gado em geral, para aproveitar o alimento que está sobrando.
– As feiras de outono ficaram dentro da expectativa que tínhamos de trabalhar o terneiro a R$ 3 (o quilo vivo). Mostraram o momento aquecido da pecuária. Nos trazem perspectivas boas para a primavera, começando pela Expointer – reforça Francisco Schardong, presidente da Comissão de Exposições e Feiras da Federação da Agricultura do Estado (Farsul).
Para Schardong, a maior valorização dos animais se deve à boa qualidade em razão da abundância de pastagens e do aquecimento no mercado do boi gordo e nas exportações.
– No ano passado, tivemos também o problema com a seca e com a crise econômica – explica.
Um dos destaques na temporada, o município de São Francisco de Assis obteve, nas duas feiras de outono que realizou neste ano, 28% a mais de faturamento em relação a 2009.
– A procura por terneiros tem aumentado em razão do maior número de produtores que estão fazendo a terminação. O invernador precisa fazer a reposição quando vende o boi gordo – justifica o veterinário coordenador das feiras e diretor executivo do Sindicato Rural de São Francisco de Assis, Paulo Gioda.
FONTE: Canal Rural
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